"Colonia" é o mais recente caso de um filme que se torna notícia não por ser um sucesso ou fracasso comercial, mas por algo absolutamente especial: o facto de ser possível, com alguma perseverança, encontrar todos os que o viram nas salas de cinema.
Na Grã-Bretanha, o novo filme de Emma Watson rendeu 47 libras, cerca de 55 euros, nos primeiros três dias de exibição. O valor corresponde a aproximadamente nove espectadores e tem de ser dividido pelas três salas, o que significa que várias sessões estiveram vazias.
Já no início de junho, "Misconduct", com Al Pacino e Anthony Hopkins, chegou às notícias quando as receitas foram de apenas 97 libras [123,5 euros] em cinco salas.
Tanto um como outro chegaram ao mesmo tempo da estreia comercial ao 'video on demand'.
Sem data de estreia prevista em Portugal, "Colonia" é um 'thriller' que se passa na era de Pinochet no Chile e baseia-se na história verídica de uma mulher (Watson) que tenta infiltrar-se num culto chamado Colonia Dignidad para salvar o marido (Daniel Brühl).
Fundado por Paul Schäfer, um veterano da Juventude Hitleriana, descobriu-se após a retirada do ditador militar que foi um local onde aconteceram muitos abusos sexuais contra menores e era usado para polícia secreta chilena como centro de detenção e tortura.
Esta co-produção entre Alemanha, França e Luxemburgo falada em inglês e castelhano foi realizada por Florian Gallenberger, que ganhou um Óscar em 2000 com a curta "Quiero ser (I want to be...)".
Para Emma Watson, "Colonia" é, juntamente com "Regressão", ao lado de Ethan Hawke, um dos filmes em que surge como protagonista após ter concluído a saga "Harry Potter" em 2011, uma vez que tinha personagens secundárias em "A Minha Semana Com Marilyn", "As Vantagens de Ser Invisível", "Bling Ring: O Gangue de Hollywood" e "Noé".
O próximo filme, uma nova versão de "A Bela e o Monstro" para a Disney, que chega em 2017, certamente terá mais impacto nas bilheteiras e na sua carreira.
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