Um novo filme da saga "Piratas das Caraíbas" pode estar só à espera do fim dos conflitos laborais com argumentistas e atores de Hollywood para avançar.

Craig Mazin, da série "The Last of Us", revelou que começou a desenvolver o novo projeto antes do início das greves com Ted Elliott, o argumentista original da saga da Disney.

E acrescentou que o estúdio gostou da ideia, o que foi uma surpresa para a dupla porque a ideia é "demasiado estranha".

"Fizemos a apresentação e pensámos que era impossível eles aceitarem, é demasiado estranha. E aceitaram", partilhou com o jornal Los Angeles Times.

"E depois, ele escreveu um argumento fantástico e aconteceu a greve e todos estão à espera", explicou.

Não se sabe se o projeto a que Craig Mazin se refere é um dos dois que o produtor da saga Jerry Bruckheimer confirmou em dezembro do ano passado que estavam em preparação.

Numa longa entrevista à revista The Hollywood Reporter, o prolífico produtor não escondeu que a saga era uma carga de trabalhos ("São todos tão difíceis"), mas que estavam "muito perto" de conseguir avançar com um sexto filme com um "argumento muito bom".

O projeto com um elenco mais jovem era o que estava mais avançado, enquanto uma versão feminina liderada por Margot Robbie precisava de "um pouco mais de trabalho".

Em novembro de 2022, antes do fenómeno "Barbie", a atriz dizia que o seu projeto tinha sido cancelado pelo estúdio, mas o produtor desmentiu: "Está vivo para mim. Está vivo para a Disney. Tenho a certeza que ela está desiludida por não ter avançado primeiro — ou talvez não, porque ela está muito ocupada, portanto pode ser uma bênção este esperar um bocado. Acreditamos que vamos conseguir fazê-lo. É uma história muito forte".

Tema inevitável é se a Disney estaria mais inclinada para um eventual regresso de Johnny Depp ao centro da ação como o Capitão Jack Sparrow após lhe ter sido maioritariamente favorável em junho de 2022 o desfecho do julgamento por difamação contra a ex-mulher Ambert Heard.

"Tem de perguntar a eles. Não consigo responder a essa questão. Realmente não sei. Adoraria tê-lo no filme. Ele é um amigo, um excelente ator e é lamentável que a vida pessoal se infiltre em tudo o que fazemos", notou.

Durante o julgamento, o ator disse que não voltaria a fazer um filme da série nem que a Disney lhe oferecesse 300 milhões de dólares, mas num contra-interrogatório, acrescentou que queria ter dado "despedida apropriada" a Jack Sparrow antes de sair.

Na sua entrevista, Bruckheimer garantiu que uma despedida nunca poderá passar pela morte da personagem: "Não se pode. Nos tentámos matá-lo. Não funcionou".

Em junho deste ano, amigos próximos de Johnny Depp disseram ao tablóide britânico Daily Mail que ele não tem qualquer intenção de voltar.

Ainda "zangado" pela forma como o deixaram cair quando a ex-esposa Amber Heard o acusou de violência doméstica, estas fontes garantiam que o ator recusa liminarmente voltar a trabalhar com o estúdio seja no que for e independentemente da proposta financeira ou a dimensão da participação de Jack Sparrow: nem um "cameo".