Aparentemente, «The Hunger Games», «Divergente», «Gravidade» ou «Lucy» são cada vez mais exceções à regra.
Um novo estudo do centro de estudos de mulheres na televisão e cinema da Universidade de San Diego, intitulado «It’s a Man’s (Celluloid) World» [É um mundo (celulóide) masculino] concluiu que as personagens femininas apenas representam 12% das protagonistas nos 100 filmes mais rentáveis nos EUA em 2014.
O valor é 3% mais baixo ao apurado em idêntico estudo de 2013 e 4% em relação a 2002, ainda que 29% das personagens principais sejam mulheres, tal como 30% de todos os papéis com diálogos, valor igual ao de 2013.
Para o estudo, foram analisadas 2300 personagens e foram comparados com os valores obtidos em anos anteriores, num total de nove mil personagens em aproximadamente 400 filmes.
A diversidade racial também sofreu um percalço. Assim, as personagens femininas negras e latinas diminuiu, estando agora nos 11 e 4%, ao mesmo tempo que, com 4%, existiu um ligeiro aumento da presença asiática, o que não surpreende dado o peso crescente desse mercado.
Pior, no entanto, é o panorama quando se examina de mais perto o tipo de personagens a cargo de mulheres: são mais jovens do que os dos seus colegas do sexo oposto e mais associados a papéis domésticos como esposa, mãe e namorada.
Uma sub-representação que é «crónica», de acordo com a responsável do centro de estudos, que salientou: «As mulheres não são um nicho de público e não são um risco maior enquanto cineastas do que os homens. É uma tristeza que esses pontos de vistas continuem a limitar a importância da indústria no mercado atual».
Ainda assim, os valores não devem constituir grande surpresa pois um estudo diferente chegou à conclusão que as mulheres apenas representam 17% das realizadoras, argumentistas, produtoras, editoras e diretoras de fotografia que trabalharam nos 250 filmes mais rentáveis de 2014.
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