O provocador cineasta holandês Paul Verhoeven lamentou que a saga James Bond e os atuais filmes de Hollywood em geral não tenham praticamente sexo.
Apelidado de o "holandês violento", Verhoeven, agora com 83 anos, trabalhou em diferentes géneros, começando a carreira no seu país e ganhou popularidade internacional com filmes como "Delícias Turcas" (1973), "O Soldado da Rainha" (1977) e "O Quarto Homem" (1983), fazendo depois a transição para as produções americanas com "Amor e Sangue" (1985).
Mas os filmes dos estúdios de Hollywood "agora são sobre colisões e explosões", lamentou o realizador de filmes americanos como "Robocop - O Polícia do Futuro", "Desafio Total", "Instinto Fatal" e "Showgirls" numa entrevista ao jornal Sunday Times.
"Às vezes esses filmes são divertidos, mas a narrativa não diz nada sobre nós agora. Não vejo nenhuma outra ideia nos filmes da Marvel ou Bond", explicou.
Se fosse o responsável pelo próximo filme 007, Verhoeven garante que "voltaria à realidade" com "carros que não saltam para o céu", acrescentou.
O realizador, que voltou com grande popularidade à Europa para rodar "Livro Branco", "Elle" e "Benedetta", nota que foi um fã de "007: Casino Royale", o filme de estreia de Daniel Craig em 2006, mas não da despedida com "007: Sem Tempo Para Morrer" no ano passado, que não tinha qualquer cena de sexo.
"Sempre houve sexo em Bond!. Eles não mostravam um seio ou o que quer que seja. Mas tinham algum sexo", recordou.
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