É possível equilibrar uma vida pessoal normal quando se contacta no dia a dia com o pior da espécie humana? É viável continuar a ter esperança no mundo com um quotidiano imerso em violações a crianças, jovens abandonados e delinquência diversa? E vale ainda a pena continuar a insistir quando muitos dos esforços de resolver os problemas esbarram de frente contra as minúcias da burocracia e os interesses instalados? Estas são algumas das questões colocadas pela dezena de personagens principais de «Polissia», um dos filmes franceses mais falados dos últimos tempos.
Maïwenn, realizadora, argumentista e atriz, passou um mês embrenhada na Brigada de Proteção de Menores de Paris e reuniu uma enorme variedade de histórias, que cruza em
«Polissia» numa narrativa que alguns já disseram ser como «uma temporada inteira da série «The Wire» condensada em duas horas».
A alicerçar o filme está um conjunto de atores em topo de forma, como
Marina Foïs,
Karin Viard e
Joey Starr, que parecem dissolver-se completamente nas personagens. A própria Maïwenn também participa como atriz, no papel de uma fotógrafa enviado pelo Ministério da Administração Interna para retratar o dia-a-dia da unidade.
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