«Até Amanhã, Camaradas», de
Joaquim Leitão, é a versão em longa-metragem de uma série de televisão, exibida em 2005, baseada num romance homónimo de Manuel Tiago, pseudónimo literário do antigo líder do PCP, Álvaro Cunhal, cujo centenário do nascimento se assinala no próximo dia 10. A obra literária, que gira em torno da vida do PCP nos anos 1950 e 1960 e da resistência ao regime fascista, foi publicada em 1974 pelas Edições Avante e Manuel Tiago era, então, um autor desconhecido. Álvaro Cunhal só assumiria a identidade literária em 1994.
Com três horas de duração, o filme conta no elenco com mais de 130 atores, como
Gonçalo Waddington,
Leonor Seixas,
Marco D´Almeida,
Carla Chambel,
Paulo Pires,
Cândido Ferreira,
Adriano Luz e
São José Correia.
Hoje estreiam ainda três filmes que versam sobre o mesmo bairro social, a Bela Vista, em Setúbal.
«Um Fim do Mundo», primeira longa-metragem de
Pedro Pinho, é uma ficção rodada naquele bairro, acompanhando um dia na vida de um grupo de adolescentes, no começo das férias de verão. O filme tem «uma disposição ficcional», mas tem latente um traço documental, porque o realizador pediu aos atores para «não serem outra coisa do que aquilo que realmente são», disse Pedro Pinho à agência Lusa, em abril passado, quando o filme passou no festival IndieLisboa.
Em sessão paralela à de
«Um Fim do Mundo» - já exibido em festivais em Berlim, Rio de Janeiro e Moscovo - há outra sessão com as curtas-metragens
«Bela Vista» e
«Cama de Gato», ambas de
Filipa Reis e
João Miller Guerra. A primeira é um documentário sobre o bairro, premiado e elogiado no Chile, pela capacidade de capturar «a poética quotidiana da realidade», e a segunda é uma «ficção filmada em estilo documental», protagonizada por Joana, uma mãe adolescente a viver na Bela Vista.
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