A associação Osez le féminisme! convocou uma manifestação esta segunda-feira em Paris contra uma retrospectiva organizada pela Cinémathèque em homenagem ao cineasta franco-polaco Roman Polanski, acusado por várias mulheres de agressões sexuais.

A manifestação está prevista para começar às 18H30 locais (17h30 em Portugal Continental) à frente da instituição, onde o realizador de 84 anos deve assistir à projeção do seu último filme, "Based on a True Story".

"Para nós, o importante é cancelar a retrospetiva, obter um pedido de desculpas da Cinémathèque e uma consciencialização", disse à agência AFP a porta-voz do grupo feminista, Raphaelle Rémy-Leleu.

A Cinémathèque garantiu que não cancelará esta retrospectiva.

"Fiel aos seus valores e à sua tradição de independência, a Cinémathèque não pretende ser substituída por qualquer justiça", afirmou a instituição presidida pelo cineasta Costa-Gavras, denunciando um pedido de "censura".

Uma petição a reclamar o cancelamento da homenagem a Polanski já reunia mais de 26 mil assinaturas.

Sob pressão das feministas, Roman Polanski teve que desistir no início do ano de presidir a cerimónia de entrega dos César.

O cineasta foi pronunciado nos Estados Unidos em 1977 pelo estupro de Samantha Gailey, de 13 anos. Aos 43 anos, Polanski admitiu ter tido relações sexuais ilegais com a menor.

Depois de passar 42 dias na prisão, fugiu dos Estados Unidos em janeiro de 1978, temendo que fosse novamente condenado a uma pena mais severa.

Desde este caso e o escândalo envolvendo o produtor harvey Weinstein, várias mulheres emergiram das sombras para acusar o cineasta de agressão sexual, acusações "infundadas", segundo o seu advogado.

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