Uma versão censurada de "Regresso ao Futuro II" que nem o realizador Robert Zemeckis nem o argumentista Bob Gale sabiam que existia esteve disponível durante algum tempo na Netflix.

No segundo filme, Marty Mcfly (Michael J. Fox) viaja outra vez a 1955 para recuperar um almanaque desportivo e assim impedir Biff Tannen (Thomas Wilson) de se tornar milionário e causar alterações devastadoras aos acontecimentos em 1985.

Numa das cenas fundamentais, Marty tenta resgatar o almanaque do gabinete do diretor do liceu, mas ao abri-lo, descobre que Biff mudou a capa e que uma revista erótica chamada Oh La La é que foi confiscada.

Um fã mais atento descobriu que a versão na Netlix cortava de forma amadora a capa da revista e o caso foi rapidamente divulgado nas redes sociais, colocando em causa a plataforma.

VEJA A VERSÃO ORIGINAL DA CENA.

VEJA A VERSÃO CORTADA DA CENA.

Uma das pessoas que ficou a saber foi o argumentista dos filmes, que pediu para não se responsabilizar a Netflix porque o engano foi do estúdio.

"A culpa é da Universal, que de alguma forma forneceu à Netflix uma versão editada do filme. Fiquei a saber há cerca de dez dias de um fã com olhos de lince e fiz com que o estúdio retificasse o erro. A versão que agora está disponível é a original, não censurada", explicou Bob Gale à publicação The Hollywood Reporter.

O argumentista acrescentou que nem ele nem o realizador sabiam que existia o que é uma versão estrangeira para "algum país que teve um problema com a capa da revista Oh La La" e pediu para o estúdio a destruir.

"Para vossa informação, a Netflix não edita filmes, apenas exibe as versões que lhes são fornecidas. Portanto não tiveram culpa. Podem direcionar a vossa fúria para a Universal", explicou.

"Mas tenho a certeza que vão ser muito mais cuidadosos no futuro... e com o 'Regresso ao Futuro'", concluiu.