«Operação Outono», de Bruno de Almeida, é um dos filmes mais esperados, mas só chegará às salas em 2012.

Este thriller político sobre a operação que levou ao assassinato de Humberto Delgado pela PIDE, em fevereiro de 1965, decorre entre 1964 e 1981 e conta com
John Ventimiglia (da série
«Os Sopranos») no papel do «general sem medo».

«Florbela», provável título do filme de
Vicente Alves do Ó sobre a poetisa Florbela Espanca (representada por
Dalila Carmo), deverá estrear-se em Portugal «entre dezembro e o primeiro trimestre de 2012», indicou à Lusa a produtora Pandora da Cunha Telles.

Outra destacada figura literária nacional, o escritor
António Lobo Antunes, chegará ao grande ecrã já a 22 de setembro, pela mão da luso-sueca
Solveig Nordlund com o filme
«A Morte de Carlos Gardel». Antes da estreia comercial, irá abrir o Douro Film Harvest no dia 5 e terá uma exibição no dia 17, no Teatro Municipal S. Luiz, em Lisboa, no âmbito de um ciclo dedicado ao escritor.

José Mazeda, produtor de
«O Cônsul de Bordéus», o filme do realizador
Francisco Manso sobre Aristides de Sousa Mendes, estima para o «princípio do inverno» a estreia do filme, estando em análise se tal acontecerá em Portugal, Bélgica ou França.

A «rentrée» cinematográfica marca também o regresso de
Teresa Villaverde que, cinco anos depois de
«Transe», mostra
«Cisne», com estreia prevista para 8 de setembro, dois dias depois de ser exibido no Festival de Veneza, em Itália.

Com
Beatriz Batarda, Miguel Nunes e Isabel Pimenta, «Cisne» é o primeiro filme de Teresa Villaverde com cem por cento de financiamento nacional e também o primeiro em que no final tudo acaba bem, explicou a própria realizadora à Lusa.

Fernando Lopes está a terminar
«Em câmara lenta», ainda sem data concreta de estreia, que conta no elenco com Rui Morrison,
João Reis,
Maria João Bastos e
Maria João Luís. O argumento é de Rui Cardoso Martins, a partir de um romance do escritor e advogado Pedro Reis.

Os novos trabalhos de
João Canijo e
Hugo Vieira da Silva são os destaques nacionais da produtora Midas Filmes.

«Sangue do meu sangue», de João Canijo, estreia-se a 6 de outubro, passando antes por quatro festivais internacionais: San Sebastián (Espanha), Toronto (Canadá), Rio de Janeiro (Brasil) e Busan (Coreia do Sul).

O filme terá duas versões em sala, uma mais longa (190 minutos) e uma mais curta, e também uma versão de três episódios de 50 minutos para a RTP.

O processo de trabalho de Canijo neste último filme ficou registado no documentário
«Trabalho de Atriz, Trabalho de Ator», no qual, durante as 20 semanas de rodagem, o realizador registou o processo criativo com os atores
Rita Blanco,
Fernando Luís,
Anabela Moreira,
Beatriz Batarda e
Cleia Almeida. O documentário será editado em DVD no mesmo dia em que «Sangue do meu sangue» chega aos cinemas nacionais.

«Swans», de Hugo Vieira da Silva, já se estreou na Alemanha (o filme tem como palco a cidade de Berlim e é falado em alemão) e chega aos cinemas nacionais a 8 de dezembro.

A produtora Rosa Filmes prevê estrear até ao final do ano as longas metragens «Deste lado da ressurreição», de
Joaquim Sapinho, com antestreia mundial no Festival de Toronto, a 8 de setembro; e
«O que há de novo no amor?», de seis realizadores (Mónica Santana Baptista, Hugo Martins, Hugo Alves, Tiago Nunes, Rui Santos e Patrícia Raposo), que vai estar em competição no Festival de Raindance, em Londres, entre 28 de setembro e 9 de outubro.

Ainda não há datas certas, mas a distribuição será feita pela Zon Lusomundo, indicou à Lusa Maria João Sigalho, da produtora.

«O Barão», filme do realizador
Edgar Pêra a partir de uma novela homónima e do conto «Involuntário» de Branquinho da Fonseca, estreia-se a 20 de outubro.

Estes são alguns dos 13 filmes que o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) prevê que cheguem aos cinemas até ao final do ano.

O documentário
«Luz Teimosa», de Luís Alves de Matos, sobre o universo do artista Fernando Lemos, consta naquela lista, mas a produtora Real Ficção ainda não definiu uma data.

Também lá consta
«Guerra Civil», de Pedro Caldas, que «gostava muito» que a estreia acontecesse este ano, disse à Lusa, mas realçou que o diferendo com o produtor João Figueiras - por causa de uma questão de direitos de autor - ainda não está ultrapassado.

A «rentrée» faz-se também de rodagens.
Manoel de Oliveira vai começar a rodar «no início de setembro, mas ainda sem data exacta», em Paris, o filme
«O Gebo e a Sombra», adaptação de uma peça de teatro de Raúl Brandão, segundo disse à Lusa Fabienne Martinot, da produtora O Som e a Fúria.

Em rodagem no final do ano vai estar também
João Botelho, com
«Fecho os olhos, vejo a noite», filme sobre o fado, disse à Lusa o produtor Alexandre Oliveira, da Ar de Filmes.

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