Ao contrário do que se esperava, "Chicago", o musical que acabou por ganhar o Óscar de Melhor Filme de 2002, não ajudou a relançar a carreira de Richard Gere para os grandes projetos da indústria cinematográfica.

Na verdade, com exceção de "Vamos Dançar?" (2004), onde contracenava com Jennifer Lopez e Susan Sarandon, a sua carreira tem sido bastante discreta e passa principalmente por produções alternativas.

Agora, a estrela de 67 anos, famoso por filmes como "American Gigolo", "Oficial e Cavalheiro", "Pretty Woman" e "A Raiz do Medo", revela a razão para estar fora das grandes produções de Hollywood: a China.

"Sem dúvida que existem filmes em que não posso entrar porque os chineses vão dizer 'Com ele não'", afirmou ao The Hollywood Reporter.

"Recentemente tive um episódio em que alguém disse que não conseguiam financiar um filme comigo porque isso ia chatear os chineses", acrescentou.

Além da tendência crescente para a China financiar muitos filmes de Hollywood, as receitas de bilheteira naquele país, que foram de 6,6 mil milhões de dólares, já ficam em segundo lugar em relação às dos EUA.

Amigo do Dalai Lama, Richard Gere é um conhecido ativista da independência do Tibete e ficou célebre quando usou a sua presença numa apresentação na cerimónia dos Óscares em 1993 para chamar a atenção para a "situação horrorosa dos direitos humanos" na China.

A estrela começou a perceber o impacto desse momento em 1997, quando fez o 'thriller' "Justiça Vermelha", onde era um homem de negócios acusado de assassinato na China.

"Toda a gente estava feliz com o filme. Recebi chamadas dos líderes do estúdio Fui à Oprah [Winfrey]. A seguir, vindo do nada, recebo chamadas a dizer 'Não queremos que faças promoção'. A MGM [estúdio] queria fazer um acordo com os chineses e disseram-lhes 'Se lançarem este filme, não vamos comprar'. E portanto, deixaram-no cair.", recordou.

Nesse mesmo ano, Richard Gere foi proibido permanentemente de entrar na China.

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