"Há tanto que ainda não descobri sobre esta personagem", diz Evangeline Lilly sobre Hope Van Dyne/Vespa, a super-heroína que tem interpretado nos últimos anos em vários filmes do Universo Cinematográfico Marvel (MCU, na sigla em inglês). Numa mesa-redonda internacional na qual o SAPO Mag esteve presente, a atriz canadiana mostrou-se orgulhosa de encarnar coprotagonista de "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania", ao lado de Paul Rudd, mas assumiu querer mergulhar noutras facetas.

"Estes filmes não são estudos de personagem dramáticos e complexos. São filmes de ação com super-heróis, por isso muito do nosso tempo no ecrã está relacionado com sequências de ação. Mas tenho sempre vontade de explorar mais a Hope, a sua psicologia e emoções, descobrir melhor quem é ela", sublinha.

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania

"Gostava muito de explorar o lado negro da Hope. Porque tem sido evidente, desde o princípio, que ela tem um lado negro. Aquela mulher não é só luz e rosas. Mas desde o início que a sua personagem tem sido mais convocada pela luz, transitou de um lugar obscuro para um muito mais luminoso", observa.

A atriz enaltece o facto de esta super-heroína fazer parte de uma família de cientistas, condição que está na origem de muitos dos desenvolvimentos da saga. "Sempre tive muito orgulho no facto de a Hope não ser só uma mulher de armas. O se maior trunfo é a sua mente. É inteligente, capaz e confiante porque percebe como funciona o mundo em que vive. Estudou tanto o mundo e as suas complexidades que a sua mente se tornou mais complexa. E isso é, muitas vezes, o que salva a sua vida ou a do Scott ou de outra pessoa", realça.

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania

E se...?

Uma pergunta do realizador dos filmes que têm juntado o Homem-Formiga e a Vespa levou Evangeline Lilly a imaginar outros voos para a personagem. "O Peyton [Reed] perguntou-me o que gostaria de ver a Hope fazer. Imaginei-a num país distante a libertar prisioneiros de consciência, prisioneiros políticos de um sistema prisional terrível. Mas está sozinha, sem o Homem-Formiga e os pais. E age de uma forma desnecessariamente violenta porque está revoltada com toda a injustiça e permite que essa raiva tome conta dela, do seu juízo, elegância e humanidade".

A atriz detalha mais pistas a explorar numa eventual aventura centrada apenas na Vespa. "Esse estado também partiu do regresso da sua mãe do Domínio Quântico e da sua dificuldade em voltar a relacionar-se com ela. Foge da intimidade para se refugiar no que conhece: lutar pela justiça, pelo que está certo. Mas o seu estado interior está conturbado, por isso o que está mais visível não é lá muito saudável. Mas depois rapidamente me apercebi que estava a criar uma história demasiado específica. [risos] Isso nunca vai acontecer", lamenta.

Enquanto não ganha um filme ou série a solo, Hope Van Dyne pode ser vista em "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania", terceiro capítulo da trilogia que inclui "Homem-Formiga" (2015) e "Homem-Formiga e a Vespa" (2018). Evangeline Lilly destaca um elemento que a agrada particularmente na saga. "Sempre se distinguiu pelo facto de se focar exclusivamente na família biológica. Há muitos outros filmes da Marvel que se centram na família, mas naquela que escolhemos e não naquela na qual nascemos. Acho que há um desafio incrível nos nossos filmes em explorar a confusão familiar e perceber que nunca será perfeita, mas que comporta muita beleza a partir da perseverança de nos relacionarmos com pessoas que não escolhemos".

Embora mantenha essa dinâmica, o capítulo mais recente também traz algumas mudanças. "É muito fácil distinguir este filme dos outros do Homem-Formiga", assinala a atriz. "Este é muito diferente. tem um foco mais amplo. É uma história épica com um vilão que está no centro da Fase Cinco [do MCU]. E nunca estivemos nessa parte central da história, sempre fomos aquilo que as pessoas chamam de limpa palato. Depois dos filmes tensos de grande fôlego dos Vingadores, os do Homem-Formiga vinham aligeirar um bocado o ambiente, torná-lo mais agradável. Este ainda é assim, no sentido em que mantém uma certa doçura, a história familiar, o humor, mas também está muito mais em linha com os épicos do MCU".

"TRAILER DE HOMEM-FORMIGA E A VESPA: QUANTUMANIA":

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