A mesa tinha mais alguns participantes, mas deles não rezou a história. As milhares de pessoas que se dirigiram ao painel «Stan Lee's World of Heroes» iam lá para ver ao vivo dois dos maiores mitos vivos da Comic-Con, a maior convenção de cultura popular do mundo:
Stan Lee, criador da grande maioria dos super-heróis do universo Marvel, e
Mark Hamill, imortalizado pelo papel de Luke Skywalker na trilogia inicial da «Guerra das Estrelas».
O motivo da reunião de ambos no mesmo painel foi a apresentação do «Stan Lee's World of Heroes», um novo canal no You Tube, com conteúdos centrados na cultura «geek» assente nos super-herois, que cruza conteúdos narrativos com outros em formato de «reality tv».
Entre os já divulgados inclui-se um sobre o dia a dia num bar cheio de super-heróis e super-vilões, outro intitulado «Fan Wars» que se centra nas discussões habituais dos fãs do género, como «Quem venceria numa luta: Thor ou o Super-Homem?», e outro ainda que coloca Adrianne Curry (a primeira vencedora do programa «America's Next Top Model») a correr os EUA em busca de maiores super-fãs que conseguir encontrar.
Mark Hamill vai participar com um podcast ainda sem nome e encorajou os fãs a fazereem tweets de sugestão de título.
Com a exuberância que o caracteriza, Stan Lee afirmou que «o que vos estamos a dar é uma tal prenda, uma coisa tão maravilhosa, que acho que não deviamos ter de pagar impostos».
Lee, aliás, continua a adorar e merecer estar no centro de todas as atenções: aos 89 anos, ele continua a ser um dínamo de energia, que dispara de forma imparável tiradas memoráveis em todas as direções, sem se esquecer de ir acrescentado pelo caminho algumas das suas expressões emblemáticas, como «Excelsior» ou «true believers». Os fãs, claro, estavam em completo delírio, o mesmo com que acolhiam tudo o que Mark Hamill ia dizendo, como o facto de ir à Comic-Con desde o início dos anos 70, muito antes da estreia do primeiro «Star Wars».
E se se pensa que foi apenas a sua participação na saga de George Lucas que mitificou o ator por ali, uma análise ao nível dos aplausos que as suas intervenções receberam leva a crer que para muitos são ainda mais importantes as várias vezes que fez a voz de Joker em filmes e séries de animação.
Cada fã que se dirigia à mesa para fazer perguntas, claro, arrancava sempre com um longo preâmbulo em que explicava como era uma honra estar a falar com aquelas duas personalidades, dois verdadeiros deuses da Comic-Con.
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