O realizador teve a oportunidade de fazer um filme da saga "Star Wars" e acabou por recusar após uma reunião com a Lucasfilm.

O apelo mundial da saga, que arrasta milhões e milhões de fãs e espectadores, leva muitos a tentar entrar nos filmes, sejam atores, realizadores ou outros profissionais que trabalham atrás das câmaras.

Só que as expetativas ajudaram precisamente a afastar o realizador de "Seven", "Clube de Combate" ou "Gone Girl" de uma proposta que o próprio admitiu ser realmente lucrativa.

Num podcast com a revista britânica Empire, Fincher revelou como foi a abordagem antes de ser eventualmente escolhido J.J. Abrams para a realização de "O Despertar da Força".

"Falei com [a produtora Kathleen Kennedy] sobre isso e reparem, é um posto muito desejável. Não sei o que é pior: ser George Lucas na rodagem do primeiro ["A Guerra das Estrelas", 1977] onde toda a gente diz ‘Alderaan? O que raio é isso?’, onde toda a gente goza, mas não consigo imaginar o tipo de resistência intestinal que uma pessoa tem de ter a seguir ao sucesso dos últimos dois ["O Despertar da Força" e "Rogue One"]. É um nível completamente diferente. Um é que se tem de aguentar os abusos humilhantes de Harrison Ford e Carrie Fisher, e o outro é que se tem de corresponder [às expetativas] de mil milhões ou 1,5 mil milhões, e isso torna-se o seu próprio tipo de pressão", explicou.

"Acho que se tem de pensar muito claro. Tem de se ter a certeza que é isto que se quer fazer porque, seja como for, são dois anos da tua vida, 14 horas por dia, sete dias por semana", concluiu.