A saga "Harry Potter" é um dos grandes feitos do cinema: uma história contada ao longo de oito filmes e dez anos, com os espectadores a acompanharem o crescimento e adolescência do jovem elenco.

O que não quer dizer que todas as memórias sejam boas para os atores.

Daniel Radcliffe, o próprio Harry Potter, já admitiu que se sente embaraçado pelo seu trabalho como ator nos dois primeiros filmes e também no sexto, "Harry Potter e o Príncipe Misterioso" (2009).

"Simplesmente não sou muito bom nele. Detesto-o... a minha atuação é muito de um tom e posso ver que fiquei complacente e o que estava a tentar fazer simplesmente não resultou. O meu melhor filme é o quinto ["Ordem da Fénix", de 2007 ] porque posso ver um progresso", revelava à revista Playboy em 2015.

Para Rubert Grint, que foi Ron, o melhor amigo do jovem feiticeiro, o problema está no quarto filme, "O Cálice de Fogo", de 2005.

"Houve fases esquisitas, claro", recordou o ator, agora com 32 anos, no podcast Armchair Expert do ator Dax Shepard, sobre a experiência de crescer à frente das câmaras.

"O meu cabelo no quarto filme é um dos meus maiores arrependimentos. Ao nível dos ombros. Acho que toda a gente teve uma fase de ter o cabelo realmente comprido. Eles gostaram [os responsáveis pela saga] — era um pouco como se fosse do mundo da feitiçaria. Passámos pela puberdade à frente das câmaras. E de certa forma vê-se isso tudo. É bastante constrangedor", acrescentou.

Mas Grint também indicou que houve momentos pesados ao participar numa saga gigantesca de oito filmes.

"Houve uma altura em que parecia bastante sufocante, porque era muito pesado, porque no fim foi todos os dias durante dez anos. Sem dúvida que houve alturas em que sentia 'Quero fazer outra coisa. Vamos a ver o que existe lá fora'. Simplesmente nunca acabava. Regressávamos todos os anos. E era como se fosse 'O Feitiço do Tempo' [o filme de 1993 em que a personagem de Bill Murray ficava presa em 'loop' no mesmo dia] porque eram sempre os mesmos cenários. Eram as mesmas pessoas", recordou.

"Mas foi ótimo. Adorei", reconheceu sobre o balanço dos dez anos.

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