2:22 - Hora Fatídica
Ora é um cão que ladra, uma sirene que passa, uma gota que cai, um carro que choca... vê pessoas como pontos de luz numa cidade, como estrelas no universo.
Quando vemos Daario Naharis (o segundo, não o primeiro, fãs de "A Guerra dos Tronos") numa montagem que nos mostra os seus poderes a "padronizar" uma pista do aeroporto, até acreditamos poder estar perante um "Sem Limites" onde Michiel Huisman é uma espécie de Bradley Cooper sem carisma.
Mas não. Porque vem aí a luz de uma super nova que explodiu há 30 anos e a atividade é tão intensa, que um certo alinhamento cósmico vai ter lugar num extraordinário formato triangular, rebentando todos os dias às 2h:22m. Quando vários momentos "Boom!!" acontecem, como aquele em que Daario, desculpem, Dylan salva a sua nova loura predileta de um quase choque de aviões... provocado por ele. E essa predestinada é Sarah (Teresa Palmer), uma galerista muito pouco cética para a conversa dele, que sente logo uma "conexão". Com este homem que faz 30 anos no mesmo dia que ela. Uau, estavam destinados!
Intrigado com as 2h22, Dylan enceta um esquema de memória para perceber este novo mapa de ações na sua vida. Até que do nada encontra um molhe de cartas perdido em sua casa, de um inquilino antigo... escritas há 30 anos atrás. Ahah! Desta não estávamos à espera... já tínhamos as expectativas todas goradas já só queríamos saber que nova narrativa se ia intrometer. Um ex-namorado obsessivo? Ok, pode ser.
Confusos com a história e com esta sucessão de informações? Acrescentem a isso um flashback de um assassinato em Grand Central ocorrido há 30 anos, um ex-namorado invejoso e temos um thriller misterioso/drama romântico/sci-fi/ artsy pedante, sobre destino vs circunstância, amor vs obsessão...
Com representações supérfluas e várias narrativas por padronizar, bem que o realizador Paul Currie podia pedir ajuda ao Abrunhosa e ao Manoel de Oliveira para dar substância e ordem ao padrão.
Autor: Daniel Antero
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