“A voz e a cara mais conhecida dos Deolinda, Ana Bacalhau, atua no Caixa Alfama no dia 19 de setembro, num formato singular e especificamente fadista”, afirma em comunicado a organização. “Ana Bacalhau selecionará e reinventará alguns fados tradicionais, que ganharão outro corpo, outra vida”, lê-se no mesmo comunicado.

A cantora, por seu turno, afirma, no mesmo comunicado, que cantou fado há 20 anos, mas percebeu logo que não era fadista, todavia, garante que o fado sempre esteve presente na sua vida.

“O fado sempre esteve presente na vida da minha família e, por isso, na minha vida. Ensinou-me a cantar em português, fez-me perceber a importância que se deve dar às palavras que se cantam, e mostrou-me como transmitir as diferentes cambiantes das emoções humanas com intensidade e intenção”.

“Ensinou-me ainda a contar histórias e a dar-lhes vida. Tudo o que aprendi com o Fado foi essencial para a música que viria a fazer mais tarde com a Deolinda”, acrescenta a cantora.

Jorge Fernando, de 57 anos, produtor musical, letrista, compositor e intérprete, que foi viola de Amália Rodrigues, é outro nome anunciado, que atua no dia 20, no palco Caixa.

Gisela João, vencedora da edição deste ano do Prémio José Afonso, Anita Guerreiro, com mais de 50 anos de carreira, Maria da Nazaré, distinguida o ano passado com o Prémio Amália Carreira, Cláudia Picado e Carmo Moniz Pereira são outros nomes anunciados.

Uma das novidades deste ano é um palco dedicado a jovens, com menos de 18 anos, que cantam fado, tendo sido escolhidos Bárbara Santos, Diana Vilarinho, Joana Vales, José Luis Geadas, Kiko, Luís Carlos, Mara Pedro e Tiago Correia, que atuarão no Palco Caixa Futuro, instalado na Sociedade Boa União.

Ana Moura, António Zambujo, Carminho, Katia Guerreiro, Pedro Moutinho, Ricardo Ribeiro e Sara Correia são outras confirmações do Festival Caixa Alfama, que decorrerá em diferentes palcos no bairro lisboeta de Alfama, como o Museu do Fado, as igrejas de São Miguel e de St.º Estevão, a Sociedade Boa União e a Fonte do Poeta.

O palco na Fonte do Poeta, situada no Arco do Rosário, foi batizado Palco Amália Rodrigues, em homenagem à fadista e poetisa falecida há 15 anos, em Lisboa, intérprete de êxitos como “Maria Lisboa”, “Fado do Ciúme”, “Estranha forma de vida” ou “Gaivota”.

Neste palco atua, no dia 19 de setembro, Lenita Gentil, vencedora de vários festivais da canção, quer em Portugal, como o da Figueira da Foz, quer no estrangeiro, nomeadamente o prémio da crítica das Olimpíadas da Canção, na Grécia, na década de 1970.

A criadora de “Tarde triste no Campo Pequeno” e “Preciso de espaço” atua este ano, pela primeira vez, no Caixa Alfama.

Neste mesmo palco, e também no dia 19, atua Ana Laíns que irá apresentar o próximo álbum, o terceiro da sua carreira, e que será editado pela Coast to Coast.

No dia 20, sobem ao Palco Amália Cuca Roseta e Marco Rodrigues, que apresentarão os seus mais recentes álbuns, respetivamente “Raiz”, editado há um ano pela Universal Music, constituído por 14 temas, maioritariamente da autoria da fadista, e “EntreTanto”, ediatdo também o ano passado, pelo fadista que, em 2008, recebeu o Prémio Amália Revelação.

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