Na origem da separação do grupo está, de acordo com o comunicado emitido por Avi Zahner-Isenberg, membro fundador e mentor da banda, na sua página de Facebook, “a dor” que o sucesso inesperado lhe trouxe.

“O projeto Avi Buffalo chegou longe demais, e não acho que este projeto tenha sido feito para um minuto, sequer, de exposição à escala 'profissional' que teve, uma vez que acabou por causar muita mais dor e por drenar a minha energia criativa”, escreveu Isenberg, detalhando: “Faz-me acordar doente, confuso, deprimido, sem sintonia comigo mesmo e irrelevante para a atual existência musical”.

Os Avi Buffalo estrearam-se nas edições discográficas em 2010, com um álbum homónimo, sucedido pelo registo de 2014, “At Best Cuckold”.

Lê o comunicado de Isenberg, na íntegra:

“A banda Avi Buffalo terminou; cumpri o meu contrato de dois discos com a SubPop e estou disponível para ser o guitarrista/compositor/produtor/engenheiro/o que quer que seja de alguém - vou continuar a fazer música. Gostei muito de tocar boas pessoas com esta música, de ter sítios fixes para a interpretar perante o mundo, de te ter conhecido, fosse nos Estados Unidos, no Canadá ou na Europa, e de trabalhar com músicos incríveis.

Comecei quando tinha 15 anos de idade e o projeto foi mais longe do que pensei que poderia ir. De facto, o projeto Avi Buffalo foi demasiado longe, e não acho que este projeto tenha sido feito para um minuto, sequer, de exposição à escala profissional que teve, uma vez que acabou por causar mais dor e por drenar a minha energia criativa. Faz-me acordar doente, confuso, deprimido, sem sintonia comigo mesmo e irrelevante para a atual existência musical. Sei que todos vocês não quereriam que eu continuasse assim!

Outros projetos criativos mais excitantes e significativos são o que tenho procurado em vez disso, e, como sou um jovem de 24 anos bem disposto, tenho muito trabalho para fazer e não tenho tempo para me dedicar a uma encarnação fraca do meu eu adolescente. Outra longa história resumida: as digressões são uma merda e não valem a pena, mesmo que tenha adorado ter a oportunidade de tocar para pessoas de quem moro muito longe, que ouviram a minha música (obrigado por irem, fico contente que nos tenham apanhado e desculpem o facto de eu NÃO regressar). Isto distingue-se completamente daquilo que sempre quis fazer como músico, desde que comecei, aos 12 anos, que é: tocar com muitas pessoas diferentes a todo o momento, em vez de me concentrar numa só banda; trabalhar e compor em estúdio com pessoas; e também experimentar coisas como relações românticas; e viver num só lugar de cada vez, como Los Angeles ou Nova Iorque, ou noutro lado qualquer, com uma grande e excitante concentração de belos artistas com quem possa trabalhar e aprender todos os dias.

Tenho alguns projetos a formarem-se agora, incluindo o álbum de estreia de Litronix (Kevin Litrow, dos Dance Disaster Movement e 60 Watt Kid, um dos meus heróis desde que era adolescente), que tenho vindo a produzir com o J.P. Bendzinski e a tocar durante meses (!). Estamos a acabá-lo e soa magnífico, e estou tão orgulhoso de todos nós envolvidos. É um álbum rico e bonito, com música do Kevin Litrow, abastecido, embalado e decorado por alguns dos músicos mais interessantes e talentosos da área. Será editado pela Porch Party Records, uma editora local de Long Beach que financiou, graciosamente, o tempo de estúdio para o gravar… Outro: tocar mais guitarra com diferentes pessoas, por toda a cidade. Existem, de facto, demasiados para contar! Estou a tentar empilhar as oportunidade de aprendizagem umas em cima das outras, na esperança de que elas me levem a algo bom. Neste momento, procuro: grandes professore e inspiração verdadeira, evoluída.

Talvez depois de um tempo a trabalhar nas coisas de outras pessoas possa surgir com algo meu novamente, arranjar-lhe uma editora, uma digressão, etc. Tenho que me sentir livre, se isso acontecer. Provavelmente, e honestamente, terei 40 ou 50 anos quando isso acontecer, e serei extremamente gordo”.