Boss ACrecorda ainda que um dos concertos mais memoráveis a que assistiu foi de Michael Jackson, «rei da pop», no estádio de Alvalade, em setembro de 1992.

Bob Marley não só é um dos melhores exemplos musicais para Boss AC, como foi do músico jamaicano o primeiro disco que AC comprou, «Uprising». O ícone volta a servir de exemplo nas palavras do rapper quando este afirma que a música com qualidade é eterna:

O MC confessa-se apaixonado por músicas de outros tempos e em casa tem sempre soul a marcar o ambiente. «Eu oiço muita música antiga. No hip-hop ainda oiço muito do que ouvia quando comecei», confessa o cantor. Dessa lista fazem parte nomes como A Tribe Called Quest, De La Soul, NWA, X-Clan, Public Enemy, Nasou Common.

Filho da cantora e atriz cabo-verdiana Ana Firmino, Boss AC sempre esteve rodeado de música e isso é visível naquilo que cria. Desde cedo teve contacto com a soul, o funk e a morna de Cabo Verde, que a sua mãe cantava: «Quando era novo achava uma seca, não percebia a profundidade da morna. Só mais tarde quando descobri a minha identidade cabo-verdiana é que entendi a morna, é uma música com alma».

Entrevista e texto @Edson Vital/ Imagem @Gonçalo Sá e Magda Wallmont/ Edição @Magda Wallmont

Boss AC sucede a artistas como Aurea, José Cid, Dead Combo, Sérgio Godinho, Rita Redshoes, Maria João, Clã, Zé Pedro, David Fonseca, Peaches, Lloyd Cole, Manel Cruz, Ana Moura e The Legendary Tigerman como editores do SAPO Música. Vamos continuar a convidar figuras marcantes das mais diversas áreas do panorama musical português e internacional para que tragam o seu conhecimento e as suas opiniões ao site, enriquecendo-o com a sua experiência e visão do mundo da música.