O criador do festival, que teve a sua primeira edição em 1985, confessa que já se tinha esquecido um pouco da “alegria” e da “emoção” que as pessoas sentem ao pisar a Cidade do Rock.

E esta euforia foi visível na tarde de sexta-feira quando o Rock in Rio abriu as portas aos primeiros espetadores que faziam fila para conhecer o evento que mudou muito desde a última vez que decorreu na cidade que lhe deu nome.

Roberto Medina lembra que hoje em dia se nota uma maior sofisticação em quase tudo. “Os meios de comunicação, a internet, as redes sociais e os detalhes”. Estes pormenores, que podem ser vistos em vários serviços do recinto, estão no topo das preocupações do homem que idealizou o Rock in Rio.

Também para Roberta Medina, filha de Roberto, é “emocionante voltar para o Rio”. Principalmente com um “Rock in Rio renovado”, que se afirma cada vez mais como um “grande parque temático da música”.

“É um mix de emoções e para o Roberto é um choque emocional muito maior”, refere a vice-presidente do Rock in Rio, destacando também “o bom momento” da cidade, que está “recuperando a sua auto-estima”.

O crescimento económico do Brasil reflete-se também no Rio de Janeiro que vai receber grandes eventos nos próximos anos: o Mundial de Futebol, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016.

Uma noite de “pop in Rio”

No primeiro dia do festival, Katy Perry, pela primeira vez em solo brasileiro, abrilhantou o Palco Mundo com o seu pop colorido e dançante. A menina da Califórnia mostrou mais uma vez ser um animal de palco, levando os fãs ao rubro.

Seguiu-se Elton John, sempre eficiente e irrepreensível, mas que não fugiu muito à regra dos concertos que já habituou o público.

O encerramento dos concertos no Palco Mundo ficou a cargo de Rihanna. Neste primeiro dia do festival, passaram também pelo Palco Sunset Rui Veloso e os The Gift.

@Alice Barcellos e Inês Mendes