Nas redes sociais, as versões de canções criadas por Inteligência Artificial têm-se tornado virais.

No TikTok, Dani Nunes criou um álbum improvável com vozes IA de artistas portugueses como Amália Rodrigues, Quim Barreiros, Carolina Deslandes e Rui Veloso a interpretar célebres êxitos nacionais.

Já uma outra conta portuguesa (@pt_ai_covers) adaptou alguns temas internacionais às vozes de artistas nacionais, como Rosinha ou Quim Barreiros. O utilizador criou ainda uma versão de "Summertime Sadness", de Lana del Rey, com Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira.

Na rede social, sempre com recurso à Inteligência Artificial, a conta colocou ainda Billie Eilish a 'cantar' um tema de Ágata ou Rui Veloso a dar voz a uma canção de The Weeknd.

Veja os vídeos:

"Garagem da Vizinha" - Carolina Deslandes

"Gaivota" - Rui Veloso

"A Vida Toda" - Quim Barreiros

"Bacalhau à Portuguesa" - Amália Rodrigues

Rosinha & Quim Barreiros - Taylor Swift & Lana Del Rey

Manuel Luís Goucha & Cristina Ferreira - Lana del Rey

Rui Veloso - The Weeknd

Billie Eilish - Ágata

Inteligência Artificial: um novo desafio para a indústria da música

Alguns têm medo e outros consideram um fenómeno "interessante". Os programas de Inteligência Artificial (IA), que recriam vozes de artistas, representam um desafio para a indústria musical, consciente de que terá de lidar com o tema num futuro próximo.

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A voz de Frank Sinatra, falecido em 1998, é encontrada numa versão do tema "Gangsta's Paradise", de Coolio, e Angèle teve a surpresa de se a ouvir a cantar "Saiyan", canção dos rappers franceses Heuss L'Salaud e Gazo. O vídeo foi visto mais de 1,8 milhão de vezes no YouTube.

"Não sei o que pensar da inteligência artificial. Parece-me uma loucura, mas, ao mesmo tempo, temo pela minha profissão", escreveu a cantora belga nas suas redes sociais.

"A IA está em toda a parte, a todo momento. Seja nas reflexões da indústria musical ou na arte. É mais visível do que antes, porque a tecnologia se democratiza", explica à AFP Alexandre Lasch, do Sindicato Nacional da Edição Fonográfica de França (SNEP).

"À medida que as aplicações são desenvolvidas, a regulação é discutida a nível europeu. Nos Estados Unidos, a maior preocupação é a transparência com as ferramentas da IA, porque o mais importante continua a ser o respeito ao artista e à criação", acrescenta.