Quem o garantiu foi Jarvis Cocker, vocalista da banda, que, quando questionado pela “Q” se o grupo voltaria a compor música nova, respondeu: “Não, já foi um desafio suficientemente grande aprender a tocar todos os temas antigos e, espero, interpretá-los de forma convincente”.

Ao não lançar novo material, a banda desmarca-se também de todas as obrigações promocionais normalmente associadas às edições – algo que parece agradar Jarvis Cocker: “…ter de fazer entrevistas e convencer as pessoas que têm que comprar o novo álbum… É bom não ter que fazer isso”.

O futuro da banda também parece não passar pelos espetáculos ao vivo. Além dum concerto de Natal em Sheffield a 8 de dezembro, os Pulp não têm mais nenhuma performance em vista. “Não temos nada planeado depois do ano novo… Vamos apenas andar por aí, em direção ao por do sol. Parece poético. Não quero fazer um grande alarido à volta disto, mas já há algum tempo que temos vindo a atuar e tem sido ótimo, mas não podes continuar a fazer isso para sempre. Voltarás a ver os Pulp? Quem sabe. Não quero alimentar rumores”, revelou.

Recorde-se que, no início do ano, Cocker contou à “NME” que não tinha a certeza se a banda voltaria a gravar novo material. Numa conversa sobre os espetáculos que se seguiram ao hiato da banda, Jarvis comentou: “Suponho que, a partir do momento em que já fizeste isso, a próxima coisa é: vão fazer música nova? Tenho gostado do facto de não andarmos a fazer coisas novas, porque sinto que tem mantido a coisa bem simples. Não temos estado em estúdio ou algo do género. Não sei o que irá acontecer no futuro”.

Sara Novais