“Trata-se de um evento que pretende, acima de tudo, homenagear e lembrar um dos maiores musicólogos portugueses, Jorge Lima Barreto, natural de Vinhais”, de acordo com Roberto Afonso, vereador da Cultura da Câmara Municipal de Vinhais, refere a promotora da iniciativa.

Jorge Lima Barreto morreu em 2011 aos 61 anos e foi fundador dos Anar Band, com Rui Reininho, Associação Conceptual de Musica e o Anar Jazz Trio, com Carlos Zíngaro e António Pinho Vargas, o Telectu, com Vítor Rua, e Zul Zelub, com Jonas Runa.

Destacou-se, também, pelas correntes musicais desenvolvidas em torno da música minimal repetitiva, experimental e eletrónica, como conferencista, jornalista e pela vasta obra discográfica e bibliográfica publicada, como recorda o município transmontano.

Com o lema “Arte é vida e vida é arte”, durante três dias, a pequena vila do Distrito de Bragança vai assistir, no Centro Cultural Solar dos Condes de Vinhais, a conferências, concertos/performances e workshops, com músicos e performers nacionais e internacionais que acompanharam Jorge Lima Barreto ao longo do seu percurso musical nas várias digressões mundiais.

Entre as presenças anunciadas encontram-se Vitor Rua, Jonas Runa, Luís San Payo, Chris Cutler, Dwart, Kersten Glandien, Ilsa d’Orzac, Manoel Barbosa, Ana Borralho e João Galante.

A bienal integra também a exposição “JLB – Viver com a música nos olhos”, onde, além de material sobre a vida e obra do músico, se destaca “Piano Dentelle #2”, de Joana Vasconcelos.

A obra da artista portuguesa, realizada em 2008 e que estará exposta durante os três dias da bienal, foi utilizada num concerto de Jorge Lima Barreto e servirá também para Jonas Runa executar a performance “Piano Dentelle Electrolírico”, programada para sábado.

Nesta bienal António Barros expõe “Portugal no seu melhor” e Silvestre Pestana apresenta a instalação “Águas Vivas”, cuja fotografia serviu de capa ao álbum de Jorge Lima Barreto Neo Neon, com a qual venceu o Grande Prémio da Bienal de Arte de Cerveira em 2003.

@Lusa