“O entusiasmo que é para mim descerrar a última placa, a propósito da Carmen Miranda, porque acho muito simbólico que o concelho de Marco de Canaveses [distrito do Porto] celebre a sua identidade, evocando alguém que partiu, que se projetou para o mundo e que, ao fazê-lo, também projetou o nome deste concelho”, afirmou o governante.

Maria do Carmo Miranda da Cunha nasceu em Marco de Canaveses a 9 de janeiro de 1909, tornou-se Carmen Miranda no Brasil, para onde emigrou ainda criança, antes de se fazer estrela internacional nos Estados Unidos, primeiro na Broadway e depois em Hollywood.

No museu hoje inaugurado, a exposição do espólio segue uma linha cronológica da vida de Carmen Miranda e está dividida em quatro núcleos essenciais.

Museu Carmen Miranda dá a conhecer a história da

Destacam-se, em termos decorativos, as cores vivas. O visitante encontra parte do espólio de Carmen Miranda, distribuído por várias salas, incluindo conteúdos multimédia em formato digital, discos de vinil, vídeos, cartazes da passagem da artista pelo cinema e pelo teatro, além de roupas, joias e fotografias de grande formato do seu percurso, desde que saiu de Marco de Canaveses, até à sua morte, no Brasil, em 5 de agosto de 1955.

A propósito de Carmen Miranda ter sido emigrante, Pedro Adão e Silva acentuou que “aqueles que partem deixam sempre uma memória e mantêm laços com os que ficam, laços que transformam o próprio lugar de origem que é transformado por aqueles que partem”.

Para o ministro da Cultura, “ter um museu municipal com o nome de Carmen Miranda significa que o Marco não se vê como um lugar fechado sobre si, mas como uma comunidade indissociavelmente ligada aos que partiram, aos que voltam e àqueles que são hoje aqui recebidos”.

O museu ocupa dois edifícios contíguos que foram recuperados pela câmara municipal, num investimento de 1,4 milhões de euros, no centro de Marco de Canaveses.

“É um museu que orgulha todos os marcuenses”, anotou a presidente da Câmara, Cristina Vieira, acrescentando que se trata de um projeto aberto à cidade, ao concelho e ao mundo.

“Carmen Miranda é uma figura do mundo”, exclamou no seu discurso.

Para a autarca, o museu é também um “tributo à pequena notável que conquistou o mundo”.