Novidades da semana: No Doubt, Mika e o álbum de estreia dos Mumford & Sons

Com o álbum de estreia, os Mumford & Sons conquistaram mais prémios que a maioria das bandas em toda uma carreira discográfica. O quarteto londrino joga a ponta de lança na equipa de indie folk britânico e acaba de apresentar no music box o segundo disco de originais. “Babel” é um sucessor à altura de “Sigh No More” e nele se desfia uma complexa e intricada teia de sonoridades e texturas. O cuidado e algum exagero nos arranjos, por vezes épicos e com distorção à mistura, não retira apelo nem musicalidade a uma obra que, tal como a torre que lhe dá título, tem por objectivo chegar mais perto do céu.<

À semelhança de outros ícones do pop/rock dos anos 90, os No Doubt também regressaram ao ativo após um longo interregno. O nervo e a inquietude são coisa do passado e “Push & Shove” , assim se chama o novo álbum, fica melhor na discografia da vocalista, Gwen Stefani, que no portfólio da banda californiana. Mais pop que os antecessores, “Push & Shove” pisca o olho à dance music, ao afro beat e não esquece a balada para dar um empurrão no airplay. O regresso dos No Doubt para conferir no music box.

Parece um erro de calendário, mas é mesmo verdade. Mika - o mais primaveril dos artistas internacionais - escolheu o outono para editar o terceiro álbum de originais. Claramente mais sóbrio que os antecessores (a começar pela escolha da capa e passando pelo uso moderado do sintetizador em tons maiores), “The Origin Of Love” é fiel à missão de contagiar pela dança, mesmo quando o tema são amores despedaçados. A pedra de Roseta encontra-se no fim do disco, com “Celebrate” o single de antecipação, há muito um dos favoritos dos utilizadores musi box.

Já se sabe que pouca gente mexe na música ambiente e experimental com o génio e a tensão dramática das bandas do norte da Europa. Na busca desse dramatismo, os dinamarqueses Efterklang viajaram até aos confins do mundo - mais concretamente até uma vila abandonada no norte da Rússia - para gravar “Piramida” , o quarto álbum de originais. É um disco maduro e ambicioso, onde cabem vertigens orquestrais alternadas com silêncios ensurdecedores e assombrosos. Um álbum fundamental nesta mudança de estação.

E agora mais uma prova de que em Portugal há talento para dar e vender. Os Papercutz, liderados por Bruno Miguel, editam hoje o álbum “The Blur Between Us”, produzido por Chris Coady, conhecido por trabalhar com os Beach House ou os TV On The Radio. O disco conta com a colaboração de José Luís Peixoto nas letras e foi gravado em Carriage House, estúdio que viu nascer “Doolittle”, dos norte-americanos Pixies. Os Papercutz são o único projeto português a participar na Red Bull Music Academy, que terá lugar em Nova Iorque e conta com 62 bandas de todo o mundo.

Outros álbuns em estreia:
Deadmau5 – “>álbum tittle goes here<"
DJ Shadow – “Reconstructed: The Best Of DJ Shadow”
Efterklang – “Piramida”
Papercutz – “The Blur Between Us”
Pierre Aderne – “Bem Me Quer, Mar Me Quer”

Nos singles, destaque para as novas músicas de Swedish House Mafia, David Guetta, Bat For Lashes, Skunk Anansie, Kylie Minogue, Yo La Tengo e Kanye West, de quem se espera um novo álbum ainda este ano.

Em relação a playlists, recordamos o apoio do SAPO ao jazz através da playlist do género e sugerimos um conjunto de canções motivacionais para além de uma lista de versões de músicas de Leonard Cohen, que fez na semana passada 74 anos e continua a dar concertos em todo o mundo (encontro marcado com o público português no início do próximo mês).

Estas e outras novidades para ouvir, guardar e partilhar no music box.