No fim do concerto de duas horas, o público, que esgotou o Teatro Nacional, aplaudiu por mais de cinco minutos a Minnesota Orchestra.
Num gesto de gratidão, o diretor, o finlandês Osmo Vänskä, ofereceu ao público uma polka finlandesa, que não estava incluída no programa.
A orquestra dedicou a primeira das duas atuações que em Cuba à música de Beethoven, repetindo o sucesso de há 85 anos, quando se apresentou em Havana.
Em 1929 e 1930, o público cubano "aplaudiu particularmente a Sinfonia No. 3 de Beethoven, de modo que os organizadores pediram que repetíssemos algumas das obras como um tributo a este momento histórico", disse Vänskä, citado pelo agência de notícias AIN.
O pianista cubano Frank Fernandez e os coros Nacional de Cuba e Vocal Leo estão entre os convidados do concerto.
A orquestra voltou ao Teatro Nacional no sábado para interpretar clássicos do compositor cubano Alejandro Caturla, de Bernstein e Prokofiev, e a seguir participou numa sessão de jazz no Havana Café do Hotel Melia Cohiba, ao lado de músicos cubanos.
O intercâmbio cultural entre Cuba e os Estados Unidos tem aumentado desde que os presidentes Barack Obama e Raul Castro anunciaram, a 17 de dezembro, um diálogo direto para restaurar as relações diplomáticas, deixando para trás meio século de inimizade.
"Acredito que é um momento de reencontro e de regresso às coisas que foram deixadas na estrada e que podem ser muito rentáveis para a cultura musical de ambos os países", disse à AFP o crítico de arte Pedro de la Hoz.
A banda California Repercussions, composta por cinquenta músicos, realizou em fevereiro o primeiro concerto de músicos americanos na ilha comunista após o degelo histórico. Já o Coro dos Gay de Washington anunciou cinco concertos em Cuba, em julho.
@AFP
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