Em entrevista ao podcast "Posto Emissor", Pedro Abrunhosa recordou o sucesso do álbum "Viagens", lançado há 30 anos.
"No meu caso, não nego que possa ter provocado embriaguez, mas provocou mais raiva", contou o artista na conversa, acrescentando que "os óculos escuros são [reflexo] disso".
"Sou um bocadinho recluso e o sucesso mediático é o contrário disso tudo. É a rapidez, a voracidade, a demonstração de características públicas que queremos que se mantenham privadas. Muitas vezes, expomos demais", rematou na entrevista.
Foi a 1 de janeiro de 1994 que Pedro Abrunhosa editou "Viagens", o seu disco de estreia.
O álbum, marcado pelo jazz e pelo funk, conta com temas como “Não Posso Mais” a “Socorro”, de “É Preciso Ter Calma” a “Tudo o Que Te Dou”. Em apenas um mês, "Viagens" tornou-se Disco de Ouro, valendo depois ao músico a tripla platina, correspondente na altura a cerca de 140 mil discos vendidos - o sucesso foi tanto que se falava em "Abrunhosamania".
"O meu contacto com a indústria musical começa por ser um contacto de choque. Entre 1991 e 1993, todas as editoras tiveram oportunidade de ouvir o ‘Viagens’. E todas as editoras mandaram o disco para trás", contou Pedro Abrunhosa, em 2019, ao Observador.
Para o disco de 1994, o artista trabalhou com a primeira formação da banda Bandemónio, com os produtores “Quico” Serrano e Mário Barreiros (também baterista), com o saxofonista norte-americano Maceo Parker, e com um músico, DJ e produtor inglês chamado Norman Cook, agora conhecido como Fatboy Slim.
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