"Não, estou a brincar", diz DJ Riot ao SAPO Música ao considerar o dubstep uma espécie de "rock ballads do século XXI". "Embora até seja um bocado parecido nas bpm, nas batidas por minuto, porque é um bocado lento. Tem baixos pesados; é como um primo do drum n' bass, mas bem mais lento e se calhar um pouco mais fácil de digerir ao princípio", explica o elemento dos Buraka Som Sistema.
Estas sonoridades surgidas em Londres no início do milénio foram, aliás, determinantes para o percurso da banda de "Kalemba (Wegue Wegue)". "O dubstep passa pelos Buraka desde o primeiro EP. Está logo no primeiro tema, «Buraka Entra». No álbum, o «New Africas» é um dubstep super exageradíssimo, tanto a parte um como a parte dois. Nos Buraka, gostamos de pegar nas coisas, misturá-las e reinventá-las até ao exagero", salienta, garantindo ainda que o próximo disco do grupo, em preparação, deverá voltar a contar com este género.
Já para a noite de hoje no Space, Riot promete um DJ set "com originais e versões maradas de canções já conhecidas". O cardápio sonoro poderá incluir temas de Skream ou Benga, "nomes que têm puxado o underground para o mainstream", tal como os Magnetic Man.
"Tenho de destacar o álbum dos Magnetic Man porque puxaram todo o género para a estratosfera pop", sublinha. "No outro dia fui tocar ao Loft e uma miúda de dezasseis anos pediu-me um som da Katy B. O dubstep ainda é tão novo aqui que fiquei um bocado espantado com isso", relembra. Mas a julgar por noites como a de hoje no Space - ou outras em bares como o Musicbox, também dedicadas ao género -, os pedidos de dubstep estão só a arrancar.
@Edson Vital e Gonçalo Sá
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