“Com o David [vocalista] ainda fora de ação com as costas e com muitas dores, tomámos a decisão de cancelar a atuação dos The Damned no Festival Luna em Portugal”, lê-se na publicação de quarta-feira.

A banda britânica de rock, formada em 1976, já tinha cancelado no início do mês de agosto uma atuação, na cidade de Birmingham, no Reino Unido, pelo mesmo problema.

O festival Luna Fest, em Coimbra, vê desta forma mais um concerto cancelado, já que a banda americana DEVO também não vai atuar.

A primeira edição do festival dedicado ao ‘rock & roll’ arrancou na quarta-feira na margem esquerda do rio Mondego, com The DSM IV, Robert Gorl & Daf, The Undertones, The Speedways e John Cale & Band.

Questionado pela agência Lusa acerca da afluência de visitantes, na quarta-feira, um dos organizadores do festival, Victor Torpedo, referiu que já tinham sido vendidos três mil bilhetes gerais, no entanto, a expectativa da organização rondava as “2.000/3.000 pessoas” para o dia de abertura.

Pelas 22h00, estavam no recinto do festival cerca de meio milhar de pessoas, enquanto, na bilheteira, à mesma hora, alguns visitantes aguardavam para a compra do bilhete.

Assim que abriram as portas de entrada, entrou Kristin Héffernan, de 40 anos, vinda do sul da Irlanda com o seu marido para assistir aos concertos.

“Chegámos hoje. Temos uma autocaravana do lado de fora [do recinto] e vimos cá todos os dias. […] Descobrimos o festival através de um amigo. Vimos as bandas e decidimos vir”, contou.

A saltar de alegria a ver o concerto do The DSM IV estava Flavia Bortolon, de 40 anos e o seu marido Luciano Popadiuk, de 45 anos, ambos brasileiros.

A viver desde março em Setúbal, o casal comprou bilhete geral para assistir aos concertos de bandas que “pelo preço não veria no Brasil”.

No caso de Luciano Popadiuk comprou o bilhete geral com a expectativa de ver banda norte-americana DEVO, que tatuou no braço há alguns anos.

Já o casal de Coimbra Martino Correia, de 35 anos, e Joana Corte Real, de 33, trouxeram também a sua filha de 3 anos para apreciar a atuação das bandas.

Vestidos a rigor estavam os jovens Alex Lloriãn, de 25 anos, e Marcos Cdro, de 30 anos, ambos espanhóis, que vieram a Portugal pelos concertos.

“É o primeiro [festival português] que visito, mas tudo o que seja cultura musical é sempre bem recebido”, adiantou Marcos Cdro, de Madrid.

Do lado de fora das redes do recinto, a agência Lusa conversou com as brasileiras Teresinha Laje e Vera Lúcia, ambas de 59 anos, que estavam de visita a Coimbra, mas não quiseram entrar no recinto.

“Está muito caro o bilhete. Não achei barato. Cinquenta euros é caro”, disseram.

As primas não costumam ir a este tipo de eventos, mas uma vez que estavam na cidade gostariam de ter entrado, caso o preço fosse inferior.

O festival Luna Fest, que começou na quarta-feira, decorre até domingo, com atuações de nomes como Buzzcocks, La Femme, A Certain Ratio, The Rezillos, The Only Ones e Yummy Fur.