“O álbum mostra, de forma mais forte, a identidade das 3 Marias, em que trabalhámos mais juntas, libertando-nos mais das influências musicais”, disse à Lusa Cristina Bacelar.

O trio, que se deu a conhecer em 2009 com o álbum “Quase a primeira vez”, é constituído por Cristina Bacelar, na voz e guitarra, Fátima Santos, no acordeão, e Ianina Khmelik, no violino, contando neste novo álbum com a participação de Alberto Almeida, dos Cabaret Fortuna, no tema “Maryjoana”.

Referindo-se à canção, Cristina Bacelar afirmou que “há um certo preconceito enorme à ‘Maryjoana’, que fala de uma esteticista, que é uma personagem criada pelo grupo”. A canção que qualificou como “uma elegia do nada”, o que para Cristina Bacelar “não tem qualquer importância, pois é um discurso recorrente neste país, em que muita gente fala muito e não diz nada”, é “uma lufada de ar fresco que bem precisamos”, rematou. A canção, acrescentou, “tem claras referências ao universo do Porto”, cidade de onde o trio é.

O álbum “Bipolar”, produzido por Quico Serrano, ex-Salada de Frutas, foi editado em outubro passado, e inclui o tema “Libertango”, de Astor Piazzolla, que já valeu elogios internacionais ao trio. “Recebemos um email de familiares do Piazzolla a felicitar-nos por esta interpretação, e a discográfica italiana Curci Edizione convidou-nos para gravar um álbum só com temas do compositor argentino, incluindo alguns menos conhecidos”, contou Cristina Bacelar. A Curci Edizione/A.Pagani são as detentoras dos direitos de autor do compositor argentino, e este será um projeto “a pensar”, disse Cristina Bacelar.

No palco do S. Luiz, em Lisboa, o trio irá ter “uma componente visual muito forte” e apresentar “um tango inovador, tocado e cantado no feminino”, interpretando os dez temas que constituem o álbum, e “alguns do disco de estreia”.

Referindo-se ao álbum “Bipolar”, Cristina Bacelar afirmou: “É uma viagem de sensações e de histórias inerentes a cada uma de nós, que é transformada em música, entre sons muito alegres e outros mais melancólicos, que depois é partilhada com o público”.

Quanto ao título, “Bipolar”, a vocalista disse que “é o termo que melhor caracteriza o álbum”, mas, advertiu eu a escolha se “deveu ao facto de, no disco, se encontrar um desvio à linha habitual das 3 Marias, que é precisamente o tema ‘MaryJoana’, que é um letra que tem um certo minimalismo e musicalmente foge à linha melódica central do trabalho”. “Esta é a nossa patologia saudável”, rematou entre risos.

“Bipolar” sucede ao álbum de estreia “Quase a primeira vez”, editado em 2009, e inclui, entre outros temas, instrumentais e cantados, “Tango dos desesperados”, “La Jolie”, “Deitei já fora as palavras”, “Corpete vermelho”, “Musa” e “Tango Maria”, todos da autoria do grupo.

@Lusa

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