Na bagagem, o quarteto liderado por Matt Heafy traz “In Waves”, o mais recente disco de originais da banda.

O espetáculo tem início às 21h00, sendo que as portas abrem uma hora antes.

Os bilhetes custam €22.

Sobre os Trivium

A partir do momento em que lançaram “Ember to Inferno”, em 2003, os Trivium não mais pararam de crescer. Cada um dos lançamentos subsequentes reuniu aplausos consensuais por parte do público e da crítica, com a banda oriunda da Florida a ser aclamada deste e do outro lado do Atlântico.

Logo ao segundo disco – um feito considerável, sobretudo se tivermos em conta que na altura alguns dos membros do grupo nem sequer tinham idade para tirar a carta de condução – cimentaram o seu lugar no panteão da música pesada, vendendo mais de meio milhão de discos. Contra todas as expetativas, geradas pela saturação do metalcore, repetiram a façanha com “The Crusade” e “Shogun”, sendo que este último lhes valeu uma entrada direta para a posição #23 da Billboard e presença assegurada nas tabelas de vendas de 18 outros países.

Transformados num dos nomes mais bem sucedidos da sua geração, apadrinhados pela elite do género e assinando atuações demolidoras frente a plateias rendidas em festivais como o Download e o Ozzfest, fizeram tudo como era suposto terem feito. No entanto, apesar do sucesso, Heafy e companhia – Corey Beaulieu na guitarra, Paolo Gregoletto no baixo e o novo baterista Nick Augusto – ansiavam por algo mais. Essa vontade de ir mais longe é notória no último registo de estúdio dos norte-americanos, “In Waves”.

Ao quinto registo longa-duração, os Trivium assinam mais uma forte declaração de intenções, marcam uma posição que resulta do processo de evolução que sofreram durante a última década, deixam a música falar mais alto que tudo o resto e, mais importante ainda, escrevem as suas próprias regras para o que é ser uma banda de metal na atualidade. No entanto, em vez de operar mudanças profundas no seu som, o grupo optou por expandir os elementos que o tornaram famoso. Misto de caos controlado e texturas sónicas elegantes e orelhudas, temas como In Waves, Inception of the End ou Built to Fall vivem à custa de um balanço poli-rítmico demolidor, da rapidez e técnica típicas do thrash e refrões incrivelmente orelhudos, que não deixam ninguém indiferente. Com a proficiência técnica dos músicos – a esse nível dão «baile» aos seus competidores – temperada por uma sensibilidade melódica pouco comum, cada um dos13 temas de “In Waves” ganha vida própria e, no conjunto, servem a prova irrefutável de que o quarteto está a atravessar um excelente momento de forma – na semana em que foi editado, o álbum chegou ao #13 da Billboard, a entrada mais alta de sempre para a banda na tabela de vendas norte-americana.

Sara Novais