O que significa esta vinda dos Arcade Fire a Portugal? Afinal de contas, não há digressão pela Europa, não estão a promover um novo álbum. Ainda assim, qualquer vinda deles significa um momento memorável e sinal que vão dar tudo no concerto. A começar com Ready to Start, mote perfeito para um público eufórico.
E se melhor não podia continuar, The Suburbs ajuda a atirar os agudos de qualquer um para os píncaros e com partilha de abraços para todo o mundo. A comunhão é evidente tanto na plateia como no palco durante a hora e meia de concerto.
Nesta celebração da banda liderada por Win Butler e Regine Chassagne, contámos com uma setlist muito completa e variada, desprendida de Reflektor, o último álbum, que foi apresentado na última visita da banda canadiana, há dois anos. Embora Reflektor, We Exist ou Afterlife estejam presentes e sejam cantados a plenos pulmões, é com temas como No Cars Go ou Neighborhood 2 e 3 que a exaltação toma conta do público, sendo por vezes visível em pequenas áreas um ou outro mosh.
Mas o álbum clássico, Funeral, não foi esquecido. A sedução de My Body is a Cage ou Haiti leva-nos para outro registo que permite mais uma vez ao público tirar o telemóvel dos bolsos e ligar a câmara para registar o momento. Aliás, o concerto todo mereceu ser registado. Não é qualquer banda que consegue ter uma ligação tão genuína e pura...
Para o fim desta verdadeira festa da música, os canadianos deixaram Rebellion (Lies), que precedeu Here Comes the Night Time, esta com direito a disfarces com as cabeças em ponto gigante bem como imensos confetti que deram um outro colorido naquele que é a grande despedida da 10ª edição do NOS Alive. Wake Up, mítica canção, foi cantada mais uma vez em uníssono com o público, fechando o concerto sem necessidade de encore.
Foram poucas canções, mas foram todas aquelas que queríamos ouvir. Quanto ao NOS Alive, para o ano há mais, nos dias 6, 7 e 8 de julho.
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