"Ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o estado democrático de direito, tão duramente conquistado pela sociedade brasileira", diz Veloso no vídeo publicado no YouTube, ao ler um fragmento do manifesto, assim como fizeram 41 outros artistas.
O manifesto, uma iniciativa de membros da Universidade de São Paulo (USP) que já conta com quase um milhão de assinaturas, será lido esta quinta-feira na Faculdade de Direito da instituição, a menos de dois meses das eleições.
"No Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários", afirma o cantor Chico Buarque no vídeo, segurando a carta nas mãos.
Apesar do tom crítico, a carta não menciona diretamente o presidente, que nas últimas semanas voltou a atacar o sistema de urnas eletrónicas, sem oferecer quaisquer provas, alimentando o receio de que ele não reconheça uma eventual derrota.
A carta, partilhada na internet, recebeu as assinaturas dos principais candidatos opositores a Bolsonaro e de importantes associações empresariais, como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), algo visto por muitos observadores como um revés para Bolsonaro, já que a maior parte do empresariado o apoiou em 2018.
O presidente menosprezou o manifesto na segunda-feira, dizendo que "quem quer ser democrata, não tem que assinar cartinha, não".
Na última pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada a 28 de julho, Bolsonaro aparece 18 pontos atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), o favorito para vencer a disputa (47% a 29%).
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