Jace, de 53 anos, que integrou o elenco da série policial "The Shield" e que atuou nos filmes "Forrest Gump" e "Boogie Nights - Jogos de Prazer", tinha sido considerado culpado a 31 de maio.

O ator foi condenado a duas penas: uma de 15 anos à prisão perpétua pelo assassinato da esposa, e outra de 25 anos à prisão perpétua pelo uso intencional de uma arma de fogo. Isto significa que o ator precisará passar no mínimo 40 anos atrás das grades antes de solicitar o pedido de liberdade condicional.

Antes do anúncio da sentença, Jace desculpou-se perante a família da mulher e disse ao tribunal que não havia "nenhuma justificação para os (seus) atos".

Durante o processo, a promotora-adjunta Tannaz Mokayef havia dito aos jurados que Michael Jace estava "obcecado" pela mulher, que havia tentado deixá-lo, enquanto ele a acusava de o ter traído.

A equipa do advogado de Michael Jace admitiu que o seu cliente disparou, mas sem intenção de matar.

O filho de dez anos do casal, Nehemiah, contou num testemunho ter visto o pai levar a mãe, campeã de atletismo, para o corredor da casa da família, no exclusivo bairro de Hyde Park, em Los Angeles. "O meu pai disse: 'Se gostas de correr, vai correr no paraíso', e atirou nela", contou diante do júri.

O ator tinha-se separado da sua esposa anterior, Jennifer Bitterman, em 2002, e declarou em falência pessoal em 2011, citando dívidas de 500 mil dólares.

Jace interpretou pequenos papéis depois do final de "The Shield", mas a sua carreira estava em crise.