“Hei, Big Bang! (Ninguém disse que era fácil)” tem texto de Isabel Minhós Martins e foi editado em 2019 pela Planeta Tangerina, editora da qual os dois autores são cofundadores.

É a segunda vez que Bernardo P. Carvalho conquista o Prémio Nacional de Ilustração, depois de ter sido distinguido em 2009 com “Depressa, devagar”, também de Isabel Minhós Martins.

Sobre a obra agora premiada, o júri do Prémio Nacional de Ilustração sublinhou “a procura sistemática a que o autor vai sujeitando o seu trabalho, com resultados sempre surpreendentes e de elevada qualidade”.

Em “Hei, Big Bang! (Ninguém disse que era fácil)”, o protagonista é um cavalo, o Big Bang, que um dia acordar desassossegado e cheio de perguntas, com qualquer coisa no pensamento, que “esvoaçava como uma borboleta, como um grão de pó inquieto, como o princípio de uma canção”, lê-se nas primeiras páginas.

Para o júri, “o cuidado e sensível jogo de cores, incluindo a definição de brancos e pretos, assinalável na sua qualidade de discurso, proporcionam ritmo e uma rica intensidade narrativa”.

O júri decidiu ainda atribuir menções especiais a Joana Estrela, pelo livro “Aqui é um bom lugar”, com texto de Ana Pessoa, publicado também pela Planeta Tangerina, e à dupla Susana Diniz e Pedro Semeano, pelo trabalho visual em “Eu sou o lobo – o rei da floresta portuguesa”, com texto de Ricardo J. Rodrigues, numa edição conjunta da Imprensa Nacional Casa da Moeda e da Pato Lógico.

Em comunicado, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, afirmou que "estas obras e os seus autores demonstram o talento, a originalidade e a criatividade da ilustração e banda desenhada portuguesas na atualidade".

O Prémio Nacional de Ilustração, a cumprir a 24.ª edição, tem um valor monetário de dez mil euros, aos quais se somam 1.500 euros para custear a participação do premiado na Feira Internacional do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha, em Itália.

As menções especiais também incluem 1.500 euros para o mesmo efeito.

Bernardo P. Carvalho, nascido em Lisboa em 1973, tem formação em Design de Comunicação e Desenho, cofundou em 1999 o projeto editorial Planeta Tangerina, no qual tem editado grande parte do trabalho visual, a solo ou em parceria com as escritoras Isabel Minhós Martins e Ana Pessoa.

No âmbito do Plano Nacional de Ilustração, Bernardo P. Carvalho já tinha recebido duas menções especiais, em 2006, com o livro “Pê de pai” e, em 2007, com “És mesmo tu?”, ambos escritos por Isabel Minhós Martins.

Em 2019, os dois autores foram premiados em Bolonha pelo livro informativo “Atlas das viagens e dos exploradores – As viagens de monges, naturalistas e outros viajantes de todos os tempos e lugares”.

Além de todos estes livros, Bernardo P. Carvalho já publicou, entre outros, “O livro dos quintais”, “Daqui ninguém passa”, “Trocoscópio” e o mais recente, “Desvio”, uma banda desenhada assinada com Ana Pessoa.

Bernardo P. Carvalho, que também está nomeado para o prémio literário sueco Astrid Lindgren Memorial Award 2021, tem os livros dele publicados em mais de vinte países.

O júri desta 24.ª edição foi composto por Susana Lopes da Silva, Luís Mendonça e Ana Castro.

Na edição anterior, o Prémio Nacional de Ilustração foi atribuído a André Letria, pelo livro “Guerra”, feito com José Jorge Letria.

Criado em 1996, o Prémio Nacional de Ilustração é atribuído pela Direção-Geral do Livro Arquivos e Bibliotecas e reconhece um ilustrador ou ilustradora pelo conjunto de ilustrações originais publicadas numa obra editada no ano anterior.

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