“Em maio lanço o meu próximo disco! Uma Homenagem ao Alfredo Marceneiro, uma das minhas maiores referências”, lê-se numa mensagem publicada hoje na página oficial do fadista na rede social Facebook.

Desde o início da carreira, Camané tem gravado fados de autoria de Alfredo Marceneiro (1891-1982), como Fado Bailado, Fado CUF, entre outros. Por várias vezes, o fadista afirmou que um dos seus fados favoritos é o Fado Cravo, também de autoria de Marceneiro, no qual canta “Triste Sorte”, um poema de autoria do também fadista João Ferreira-Rosa.

Em várias entrevistas, o cantor afirmou que o seu interesse pelo fado foi motivado, entre outros, pelos discos de Alfredo Marceneiro, Amália Rodrigues e Maria Teresa de Noronha.

O disco mais recente de Camané, “Infinito Presente”, data de 2015.

Camané, distinguido já com três prémios Amália, venceu por duas vezes a Grande Noite do Fado de Lisboa, em juniores e seniores, e, ao longo do seu percurso, passou por várias casas de fado, nomeadamente, o restaurante Senhor Vinho, da fadista Maria da Fé e do poeta José Luís Gordo.

No teatro fez parte dos elencos de "Grande Noite", "Maldita Cocaína" e "Cabaret", sempre dirigido por Filipe la Féria. Em 2002, participou num espetáculo com Manuela de Freitas, em torno da obra do poeta Fernando Pessoa, que foi apresentado no Palais des Beauxs Arts, em Bruxelas.

A partir de 1995, quando editou o disco “Uma noite de fados”, os álbuns do fadista foram sempre produzidos pelo músico José Mário Branco. Desde então, conta seis álbuns de estúdio, além dos registos ao vivo, como “Camané ao vivo no Coliseu” (2009), e das compilações, entre as quais “The art of Camané – The prince of fado” (2004).

Foto: Joana Jesus/SAPO On The Hop