A nova produção, a 37.ª da companhia criada em 1996, sucede a “Hamlet”, um espetáculo estreado em janeiro de 2018 e inspirado na comédia francesa “Playtime” (“Vida Moderna”), realizada por Jacques Tati, em 1967.

Com a nova produção, a companhia propõe contar a história da “figura carismática e controversa” de Napoleão Bonaparte (1769-1821), procurando “entender o homem” e o “fenómeno criado em torno deste”.

“Na procura de entender quem foi Napoleão (…) debatemo-nos entre o fascínio e o repúdio” sobre a personalidade de um homem que, mais tarde, viria a autoproclamar-se imperador dos franceses e cuja vida lança questões políticas, sociais e sobre o poder “tão pertinentes hoje como há três séculos”, acrescentou a companhia.

A “ambição pessoal, audácia e determinação” de Napoleão levaram “longe” este líder político e militar nascido na Córsega, que se “apropriou de ideais da Revolução Francesa e foi expandindo territórios”.

Um homem que, mais tarde, se reaproximou de valores aristocráticos que antes repudiara, que centralizou em si todo o poder e que se autoproclamou Imperador.

A “sua força de vontade era única e a sua queda foi proporcional à sua ascensão”, acrescentou a companhia sobre o espetáculo pode ser visto de quinta-feira a domingo, às 22:00, no Chapitô.

Uma “vida romanesca que reúne todos os ingredientes para uma boa história, cabendo ao público julgar ou celebrar a figura histórica, o homem, que foi Napoleão”, frisou a companhia sobre “Napoleão ou o complexo de épico”.

A Companhia do Chapitô promete contar “os reversos da história”, num espetáculo construído com “humor e poesia”. “Porque todas as moedas têm duas faces: cara ou coroa”, segundo a apresentação da obra.

Encenada por Cláudia Nóvoa e José C. Garcia, a peça tem dramaturgia de Ramón de Los Santos, e é interpretada por Jorge Cruz, Susana Nunes e Tiago Viegas.

A sonoplastia é de Sílvio Rosado, os figurinos, de Glória Mendes.