A “European Jazz Conference”, considerada a principal reunião anual da indústria ligada ao jazz e música criativa na Europa, realiza-se de 13 a 15 de setembro próximo, no CCB. Todavia ao longo da próxima temporada, na área do jazz, estão previstas atuações de formações como o Miguel Ângelo Quarteto, em novembro, e, em março do próximo ano, do baterista e compositor João Lencastre e do quarteto do saxofonista Branford Marsalis.

No âmbito do cartaz CCB Beats estão previstos espetáculos de Batida, projeto do músico Pedro Coquenão, de Duquesa, Mai Kino e Surma, o alter-ego de Débora Umbelino.

Fernando Luís Sampaio, um dos programadores do CCB, realçou o desafio feito à fadista Gisela João, para interpretar em dezembro, no Grande Auditório, canções de natal do “American songbook”, um conjunto de composições de grande audiência na primeira metade do século XX, de autores como Jerome Kern, Irving Berlin, George Gershwin, Richard Rodgers, Cole Porter e Harold Arlen.

O ciclo dedicado a William Shakespeare (1564-1616), intitulado “For Godness Sake”, abre em março com um curso introdutório sobre as características de algumas personagens da obra do dramaturgo inglês, por Maria Sequeira Mendes, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Em abril de 2019, o Teatro Praga apresenta “Timão de Atenas”, a partir de Henry Purcell Shakespeare, e Sónia Baptista apresenta a conferência/performance “I call him Will”, que tem como ponto de partida o caderno de notas da poetisa Edith Sitwell.

A programação dos Dias da Música em Belém, de 25 a 28 de abril, será inteiramente dedicada à figura de Shakespeare, tendo André Cunha Leal, do CCB, antecipado, que, na Música de Câmara, será apresentado o concerto “Be or not Be”, onde serão interpretadas obras de Bach, Beethoven e Brahms.

Este ciclo inclui uma série de filmes inspirados na obra do autor inglês, nomeadamente “Ran – Os Senhores da Guerra”, de Akira Kurosawa, “Hamlet”, de Laurence Olivier, e “A Fera Amansada”, de Baz Luhmann.

Outro ciclo intitula-se “Sete Rosas Mais Tarde”, sobre a solidão, que recupera para título um verso de Paul Celan, e que inclui, entre outros eventos, o concerto “Six Portraits of Pain”, de António Pinho Vargas, pela Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML), sob a direção do maestro Pedro Amaral, sendo solista o violoncelista Pavel Gomziakov.

Neste mesmo concerto será estreada a "Sinfonia (Subjetiva)", de António Pinho Vargas, uma encomenda do CCB.

Um terceiro ciclo, “A Cabeça entre as Mãos” - que toma um título de Herberto Helder -, sobre “os mistérios do cérebro”, que ao lado de conferências, prevê “O Pequeno Concerto dos Medos”, por Sérgio Godinho, André Godinho e Filipe Raposo, a performance “Dentro”, por Ana Catarina Santos e Sílvio Vieira, e uma oficina sobre filosofia, “Cérebros Metafísicos”, por Rita Pedro.

A temporada sinfónica totaliza 15 concertos, disse hoje Luísa Taveira, do conselho de administração do CCB, que destacou o concerto de abertura no dia 30 de setembro, pela “La Verdi”, a Orquestra Sinfónica de Milão, dirigida pelo maestro Nuno Côrte-Real, e o evocativo do fim da I Grande Guerra (1914-18) pela orquestra Melleo Harmonia, sob a direção de Joaquim Ribeiro, sendo solistas a violoncelista Irene Lima e o tenor Luís Rodrigues, como narrador.

Luísa Taveira destacou ainda a atuação, em novembro, do Coro da Rádio Polaca, no âmbito de um concerto da OML, sob a batuta Sebastian Perłowski, evocativo do centenário da independência da Polónia.

Na área da Música de Câmara, é evocado o 150.º aniversário de Vianna da Motta, com um programa que conta com a participação do pianista Artur Pizarro, num concerto comentado por Nuno Caseirão, e num recital com o pianista Raul da Costa.

Ainda neste âmbito, o DSCH-Schostakovich Ensemble, sob a direção do pianista Filipe Pinto-Ribeiro protagoniza, no dia 28 de outubro, MozartFest, um concerto exclusivamente preenchido por obras de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), e Cunha Leal destacou também o recital pelo percussionista Agostinho Sequeira, que apontou como “um dos músicos mais fascinantes da sua geração”.

O cartaz “Há Fado no Cais”, uma parceria do CCB com o Museu do Fado, prossegue na próxima temporada com nomes como o do fadista Bernardo Espinho, em setembro próximo, com uma estreia do guitarrista Gaspar Varela, em novembro, e com os fadistas Camané, Celeste Rodrigues e Katia Guerreiro, no grande auditório, onde, no dia 31 de maio, já no final da próxima temporada, atua o instrumentista Pedro Jóia.

A programação inclui ainda eventos na área da “Literatura e Pensamento”, que assinalará o centenário do nascimento da poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen, sobre os dez anos da Fábrica da Artes, projeto destinado às crianças e adolescentes, nas áreas da ópera e oratória, que apresentará “A Infância de Cristo”, de Hector Berlioz, pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, e na dança, que prevê a apresentação de “Venezuela”, uma coreografia de Ohad Naharin, pela Batsvheva Dance Company.

A temporada de 2018/19 do CCB completa-se com um programa de exposições de arquitetura, na Garagem Sul, retransmissões de óperas e bailados, a partir da Royal Opera House, em Londres, teatro, que prevê a encenação de “Fausto”, de Jorge Andrade, pela companhia Mala Voadora, e “A Criada Zerlina”, de Herman Broch, numa encenação de João Botelho, protagonizada por Luísa Cruz.

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