José Cid é acompanhado pela sua Big Band, com a qual se apresenta regularmente em digressão.
O álbum foi editado em meados de janeiro último, e um dos 16 temas que o constitui é dedicado à banda liderada por Tomás Wallenstein, Capitão Fausto. Cid partilha ainda a interpretação da canção “João Gilberto e Astor Piazzolla” com Tozé Brito, com quem se cruzou no Quinteto 1111.
Em entrevista à agência Lusa, referindo-se ao álbum, editado em CD e vinil, José Cid, de 76 anos, afirmou que é o disco em que mais se revela.
“Este disco é de facto aquele em que mais me mostro, é uma espécie de arco-íris, não se define musicalmente, é um álbum de canções, todas muito diferentes umas das outras”, disse.
O CD, uma edição da Acid Records, é constituído por 16 canções, e o vinil, por 13, “todas elas diferentes e sem ligação entre si”, havendo “uma espécie de divisão radical, para não haver repetições”.
Para combater qualquer tipo de coerência musical, José Cid afirmou que optou por músicos diferentes em cada uma das canções. “Coerente era a minha avó!”, declarou o músico.
“Este é um álbum despojado de grandes conceitos de produção, muito acústico, muito simples, em que me exponho de facto, e é um álbum muito poético”, prosseguiu.
Além de temas de autoria de José Cid, como “Clube dos Corações Solitários do Capitão Cid” ou “Na Quermesse das Rifas”, o álbum inclui um poema de Gabriela Mistral, “As Andorinhas da Paz”, que Cid traduziu e musicou, e também temas assinados por Zé Gonçalez, António Tavares Teles, Helena Walsh, Manuel Paulo e João Monge, entre outros.
Um dos temas do álbum intitula-se “The Fab 4”, uma nova versão do tema “Ode to the Beatles”, do Quarteto 1111, um tributo à banda de Liverpool, cujo álbum “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band” (1967) inspirou a capa do novo disco do músico português, distinguido em 2016 com o Prémio de Música Pedro Osório, pela Sociedade Portuguesa de Autores.
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