Apesar de vazio, sem o seu público tradicional de celebridades e políticos, a famosa noite de ópera no elegante teatro, iniciada às 17h00 locais, foi transformada devido à pandemia num concerto de estrelas, com árias famosas e ballet, sob o título de "A riveder le stelle" ("Para ver as estrelas novamente").

O concerto foi acompanhado nos cinco continentes através da televisão pública italiana (RAI), do canal francês ARTE e da Medici TV (Espanha e continente americano), entre outros. Depois da transmissão, o programa permanecerá disponível gratuitamente por seis meses nas plataformas digitais.

Cinquenta microfones e dez câmaras gravaram a noite da gala, comandada artisticamente por David Livermore e musicalmente por Riccardo Chailly, à frente da Orquestra e do Coral.

La Scala
La Scala

No total, foram programados 15 títulos, com árias e duetos extraídos das obras de compositores e os europeus mais admirados, como Gaetano Donizzetti, Giacomo Puccini ou Richard Wagner, e três coreografias de Nureyev, Massimiliano Volpini e do parisiense Manuel Legris.

Sob o título "ver as estrelas novamente", que aparece no verso final do Inferno da Divina Comédia de Dante Alighieri ("... e por isso saímos ao ver de novo as estrelas"), foi prestada uma homenagem ao célebre poeta italiano, cujos 700 anos de falecimento são completados em 2021.

Na lista das estrelas estão cantores do porte de Roberto Alagna, Carlos Álvarez, Plácido Domingo, Juan Diego Flórez e bailarinos como Roberto Bolle, Nicoletta Manni, Martina Arduino, Timofej Andrijashenko, entre outras figuras ilustres.