O Opart é o organismo que tutela o Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), a Companhia Nacional de Bailado (CNB) e os Estúdios Victor Córdon, em Lisboa, reunindo corpos artísticos como os da Orquestra Sinfónica Portuguesa, do Coro São Carlos e bailarinos.

A responsável revelou hoje à agência Lusa a programação para o regresso gradual de espetáculos nestas entidades, no quadro de uma campanha intitulada "Devolver a Confiança para todos e com todos".

"Houve um tempo de angústia e muita incerteza", disse, sobre o período de encerramento e suspensão de atividades, a 13 de março, por força das restrições provocadas pela pandemia COVID-19.

Nomeada para o cargo em dezembro do ano passado, Conceição Amaral recordou esse tempo de paragem dos artistas, em que "foi necessário suspender ensaios e parcerias, mas também reforçar os conteúdos online, e reagendar espetáculos".

As grandes questões, na altura, ao imaginar a gradual reativação do TNSC, da CNB e dos Estúdios Victor Córdon, eram "o que fazer, como e quando", face a uma inédita paragem de artistas como os bailarinos, que tinham muito poucas condições para treinar os corpos em casa.

O regresso aos ensaios nos espaços destas entidades só foi possível a partir de 18 de maio, primeiro facultativamente e, agora, desde 1 de junho, em rotatividade.

"Fomos seguindo sempre as orientações da Direção-Geral da Saúde e do Ministério da Cultura", apontou a responsável.

"Os músicos podiam tocar em casa, mas para os bailarinos, estar quase três meses sem treino, com mais espaço, foi particularmente lesivo", comentou.

Para Conceição Amaral, o primeiro momento foi o de "criar confiança interna, para os músicos, bailarinos e técnicos" das entidades artísticas que tutelam.

"Nesta segunda fase temos de desenvolver a confiança do público", acrescentou, apelando a que as pessoas vão ao TNSC e à CNB ver os espetáculos e concertos.

A presidente do Opart disse ainda que "todas as regras exigidas pelas autoridades estão a ser e serão cumpridas para proteção do público, artistas e técnicos".

"Não podemos ficar parados", sublinhou, acrescentando que, em setembro, "virá mais normalidade, com uma nova programação até ao final do ano".

Conceição Amaral disse ainda que a ópera vai ser o tipo de espetáculo "que mais tempo vai demorar a regressar", devido às exigências de apresentação, nomeadamente o impedimento do uso do fosso de orquestra.

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