Instituído em 1962 pelo Instituto Internacional do Teatro (ITI, na sigla original), quando abriu o Teatro das Nações, em Paris, a efeméride comemora este ano 60 anos.

Todos dos anos, uma personalidade ligada ao teatro é convidada pelo ITI para elaborar uma mensagem, que este ano coube ao encenador de teatro e ópera norte-americano Peter Sellars.

No Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, a efeméride começa a ser celebrada a partir das 10h00 de sábado, com a subida ao palco da sala Garrett do ator António Fonseca, que, até às 00h00, estará a fazer a leitura integral de “Os Lusíadas como nunca os ouviu”.

“Esta é a minha história de amor”, espetáculo em cena na sala Estúdio, com uma sessão em Língua Gestual Portuguesa, e, no final, uma conversa com os artistas, é a peça proposta pelo D. Maria II para as comemorações da efeméride.

Ambas as sessões têm entrada gratuita, mediante o levantamento dos ingressos na bilheteira do teatro e culminam uma iniciativa começada no dia 20, com a disponibilização, na sala online, de alguns espetáculos.

Em Lisboa, entre outros teatros, destaque para o Teatro S. Luiz, em Lisboa, onde o dia mundial é assinalado com uma conversa intitulada “As vidas do Jorge”, numa homenagem ao encenador e ator Jorge Silva Melo, e uma récita de “Vida de artistas”, a última encenação do diretor artístico dos Artistas Unidos, que morreu no passado dia 14.

Enquanto isto, no Teatro Meridional, será representada a mais recente criação da companhia, “Vida inversa”, com texto de José Luís Peixoto, e será também lançado um pequeno livro com o texto numa edição de autor.

Já no Teatro Nacional São João, no Porto, onde as comemorações se iniciam hoje e se prolongam até domingo, haverá um conjunto de iniciativas, cuja receita reverterá a favor da campanha “Emergência Ucrânia”, da UNICEF.

Uma feira do livro de teatro, a decorrer nos três dias, visitas guiadas, no sábado e domingo, e uma récita da peça “Floresta de enganos”, no domingo à tarde, são as iniciativas pagas no São João, onde, no sábado, será ainda lançada a “Enciclopédia Mínima: Uma antologia de cem textos”.

“Obscuridade sublime”, uma peça que cruza fotografia, cinema, som e artes, visuais, a representar hoje no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, assinala também a efeméride.

No Teatro Garcia de Resende, em Évora, destaque para a representação de “Guardião do rio”, no domingo, pelo Teatro da Palmilha Dentada.

Neste teatro do Alentejo, o Centro Dramático de Évora (CENDREV) propõe ainda a exposição “Magnólia”, com figurinos de Vera Castro que estará patente até 18 de abril.

No Algarve, destaque para Loulé e Faro onde, no domingo, serão apresentadas, respetivamente, as peças “Aquário”, de Marlene Barreto, no Cine-Teatro Louletano, e “Madalena”, de Sara Castro, no Teatro das Figuras.

"Frei Luís de Sousa”, pela companhia Filandorra, no sábado, no Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, "O velho da horta”, também pela Filandorra, mas no domingo, no Centro Cultural de Vinhais, “Já morri mais vezes do que aquilo que devia”, pela Krisálida, no domingo, no Cineteatro dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora, e “Genoma B”, pelo Varazim Teatro, também no domingo, no Cineteatro Garrett, na Póvoa de Varzim, constam das representações a assinalar a efeméride na zona Norte.

“King Lear”, pela companhia João Garcia Miguel, no sábado à noite, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, “Zona de alta tensão”, pelo teatromosca, no domingo, na Casa da Cultura Lívio de Morais, em Mira Sintra, e “Trangressões”, pelo Teatro Extremo, no sábado e domingo, no Teatro-Estúdio António Assunção, em Almada, são outras das peças a representar para comemorar o Dia Mundial do Teatro.

Ainda em Almada, mas no Teatro Municipal Joaquim Benite, a Companhia de Teatro de Almada abre as portas do edifício a todos, assinalando a data com a leitura da mensagem de Peter Sellars, dois espetáculos – “Além da dor” e “Ilhas” – e o lançamento do oitavo volume da coleção “O sentido dos mestres”. “O teatro e o invisível” é o título do livro do coreógrafo Josef Nadj, que será apresentado por Cláudia Galhós na presença do autor.

Ainda na margem sul do Tejo, o Teatro da Terra estreia, no domingo, no Fórum Cultural do Seixal, a peça “Balada para Sophie”, num texto adaptado pró Ana Lázaro da obra de banda desenhada homónima da autoria de Filipe Melo e Juan Cavia.

No Montijo, no domingo, a Companhia Mascarenhas-Martins lerá a mensagem do Dia Mundial do Teatro e, no mesmo dia, em Palmela, a Companhia do Chapitô leva, ao Cine-Teatro S. João, a peça “Napoleão ou o complexo de épico”.

“As velas ardem até ao fim”, a partir da obra homónima do autor nascido na atual Eslováquia Sándor Márai, pelo projeto de teatro TrêsMaisUm, no Teatro Micaelense, em Ponta Delgada, no domingo, e “O meu avô consegue voar”, pelo teatro de marionetas Mandágora, no sábado à noite, no Teatro Municipal Baltazar Dias, no Funchal, constam também das comemorações do 60.º Dia Mundial do Teatro.