"Frida, a experiência imersiva" reúne 26 das pinturas mais enigmáticas da artista (1907-1954), incluindo os seus famosos autorretratos, numa montagem tecnológica que se estreou na noite de terça-feira, dia 6 de julho, na Cidade do México.

O objetivo da exposição é "conhecer as pinturas de Frida, que estão por todo o mundo, mas dando-lhe um pouco de familiaridade, intimidade", disse à AFP Mara de Anda, sobrinha bisneta da pintora.

Nos ecrãs, obras convergem com uma experiência que junta vídeo, música e elementos interativos dentro do Frontón México, um antigo edifício art déco.

A exibição, cujo guia pode ser descarregado através de uma app, também mostra as passagens sombrias na vida de Kahlo, como o acidente de elétrico que sofreu quando era muito jovem, que causou vários problemas de saúde refletidos no seu trabalho.

As imagens, refletidas por cem projetores, são complementadas pelas de outras artistas que se inspiraram em Kahlo e que imitam, com um sensor, os movimentos dos espectadores.

A isso somam-se poemas escritos e narrados em colunas, assim como peças musicais do género regional mexicano.

“Para muitas pessoas que não gostam de ir a uma exposição onde tudo é mais estático, isso permite que conheçam de outra forma”, disse Frida Hentschel Romeo, outra bisneta de Kahlo.

Como parte do protocolo sanitário da COVID-19, todos os visitantes devem usar máscara e medir a temperatura na entrada do recinto.

Com o tempo, Frida Kahlo tornou-se um ícone para as novas gerações pelo seu pensamento revolucionário e ideias próximas ao feminismo, numa época em que pouco se falava sobre a liberação sexual e o emancipação das mulheres.

A mostra, que pretende ser levada a outros países em data ainda não definida, é organizado pela promotora mexicana Ocesa, juntamente com a Cocolab e a família de Frida Kahlo.