A exposição, gráfica e bibliográfica, “patenteia a amizade e cumplicidade existente entre os dois centenaristas, ambos nascidos em 1923 e que se despediram, sem nunca nos abandonar, em março de 1993”, afirmou em comunicado Mafalda Ferro, presidente da fundação.

Numa carta enviada em 1969 a António Quadros, Natália Correia escreveu: “Um abraço agradecido pelos sentimentos que me exprime a respeito de um desgosto que vive dentro de mim misturado no meu sangue, no meu espírito, mas que é também uma presença que tem a chave do meu mistério. Mas não gosto de falar destas coisas embora esteja sempre a falar delas por outras palavras. Mas sei que me entende porque pressinto que o António, como aconteceu comigo, está preso à sua mãe por uma linha luminosa, o cordão umbilical que nos liga ao centro inteligente de todas as coisas do mundo”.