“Reforçar a marca e a identidade do Bons Sons” é o mote da edição deste ano do festival que celebra as 10 edições realizadas em 13 anos com “uma reflexão sobre o papel da cultura, em especial no espaço público descentralizado e rural”, disse à agência Lusa Luís Ferreira, do Sport Clube Operário de Cem Soldos (SCOCS).
O programa foi apresentado à imprensa esta terça-feira em Cem Soldos, no concelho de Tomar, distrito de Santarém, onde o festival contará este ano com 10 palcos, mais dois que na edição anterior e aos quais foram atribuídos os nomes de António Variações e Carlos Paredes.
Com o recinto da aldeia alargado para receber mais de 50 concertos que integram os quatro dias de festival Luís Ferreira destacou à Lusa “três grandes momentos” do cartaz: o concerto de abertura, 13 bandas a comemorar 13 anos e 10 edições, e a festa de encerramento.
No concerto de abertura, a Orquestra Filarmónica Gafanhense "irá interpretar 10 temas, um por cada edição do festival", explicou Luis Ferreira.
“Treze bandas repetentes” voltam este ano a figurar no cartaz para um evento criado “especificamente para esta edição comemorativa”, acrescentou o responsável, explicando que “uma banda [Diabo na Cruz] e seis duplas vão juntar-se e realizar sete concertos divididos por três palcos”, nalguns casos com apresentação de temas inéditos.
As duplas serão First Breath After Coma e Noiserv; Glockenwise e JP Simões; Joana Espadinha e Benjamim; Lodo e Peixe; Sensible Soccers e Tiago Sami Pereira, e Sopa de Pedra e Joana Gama.
Até à “grande festa” que a organização promete para o concerto de encerramento, passarão pelos 10 palcos da aldeia Tiago Bettencourt, Júlio Pereira, Luísa Sobral, Helder Moutinho, Budda Power Blues & Maria João, Dino D'Santiago, Pop Dell’Arte, X-Wife, Três Tristes Tigres, Stereossauro, DJ Ride, Fogo Fogo, Scúru Fitchádu, Paraguaii, Baleia Baleia Baleia, Tape Junk, Miramar, Pedro Mafama, Senza, Afonso Cabral, Ricardo Toscano e João Paulo Esteves da Silva, Raquel Ralha & Pedro Renato, Jorge da Rocha, Mano a Mano, Sallim, Galo Cant'Às Duas, Tiago Francisquinho, Gator, The Alligator, Cosmic Mass, Francisco Sale, Rui Souza, Valente Maio, Ricardo Leitão Pedro, DJ Narciso, DJ João Melgueira, Carlos Batista, Vénus Matina, Mil Folhas, Telma, Cal, Adélia, Pequenas Espigas e Vozes Tradicionais Femininas.
O festival mantém as parcerias com o Materiais Diversos e o Curtas em Flagrante que levarão ao Auditório Agostinho da Silva espetáculos de dança, teatro e uma seleção de curtas-metragens ainda a anunciar.
Entre as novidades, destaque para uma parceria com o um projeto de jornalismo Fumaça, responsável pela organização de debates e conversas durante o festival, que, nesta edição, “vai lançar um livro ilustrado sobre uma década de edições e música portuguesa”, afirmou Luís Ferreira.
Menos público (com a lotação reduzida de 40 mil para 35 mil pessoas), e, pela primeira vez, com um hospital de campanha, a organização aposta também na em segurança da aldeia que, entre 08 e 11 de agosto, se transforma no recinto do festival.
Organizado desde 2006 pelo SCOCS, o Bons Sons manteve-se bienal até 2014, passando depois a realizar-se anualmente.
A aldeia de Cem Soldos é fechada e o seu perímetro delimita o recinto que acolhe 10 palcos integrados nas ruas, praças, largos, igreja e até garagens e lagares.
São os cerca de 1.000 habitantes da aldeia que organizam e montam o festival, ao longo do qual acolhem e servem os visitantes, numa partilha que distingue o Bons Sons dos restantes festivais nacionais.
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