De acordo com a organização, em comunicado, a programação da primeira edição do festival “é constituída pelos resultados dos Laboratórios Artísticos de 2023 promovidos pelo Queer Art Lab (plataforma lisboeta de capacitação e suporte de artistas LGBTQI+)”, que “abrangem diversas formas de expressão artística, incluindo música, artes performáticas, ativismo gráfico, arte urbana e videoarte”.
O foco destes laboratórios, orientados por artistas consagrados, como Filipe Sambado, Marco da Silva Ferreira, ROD, Tamara Alves e Tiago Leão, e que contaram com a participação de 18 artistas emergentes, “residia na capacitação, empoderamento e autossuficiência, com a distribuição de bolsas com valor monetário”.
A programação inclui a apresentação, no Teatro Ibérico, de obras de Francisca Antunes, Rebeca Letras, S4RA (video arte), Diego Bragà, Diana XL, Marianne (música), Izabel Nejur, Andrei Bessa, Aurora, David J. Amado (artes performativas), Agah, Carolina Elis, Félix Rodrigues e Mariana Caldeira (ativismo gráfico).
Além disso, haverá também visitas guiadas ao mural “O corpo como território de sossego”, na rua Gualdim Pais, pintado por Noah Zagalo, Bruna Borges, Time for the Oniric e No Soy To Baby.
Os artistas foram desafiados a pensar as suas criações sob o tema escolhido para esta edição, “360º de pele”: “um convite a explorar questões e experiências individuais numa ótica circular que se relacione com o ser individual e a sociedade”.
“O foco parte da construção ou desconstrução de identidade, pensamento, corpo, sentimentos e experiências como pessoas LGBTQI+. ‘360º de pele’ traz para o coletivo aquilo que é a pele como camada de impacto, como definição de limites, como leitura mas também como película que pode ser trespassada”, refere a organização.
A Queer Art Lab surgiu em 2021, dentro da empresa Trumps, que dá nome ao clube noturno na zona do Príncipe Real, fundado há mais de 40 anos, em Lisboa. Esta plataforma “desdobra-se em diferentes projetos de cariz artístico e comunitário que incluem residências artísticas (Imersão), mercados artísticos (Feira Daninha), sessões de desenho com modelos trans (Corpaça), mostras de cinema e vídeo (Catapulta), contar de histórias inclusivas a crianças e séniores (Castelos Arco-Íris) concertos, exposições, conversas e workshops”.
A Queer Art Lab “propõe-se a existir enquanto for necessário, enquanto não for notório um equilíbrio que se reflita em igual oportunidade e acesso ao mercado artístico por parte de pessoas LGBTQI+”.
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