"Já na primeira edição tivemos convidados de Macau, Bangladesh, Tailândia e, para este ano, já estão confirmados de Pequim, Tailândia, Macau, e, portanto, nós queremos ultrapassar e derrubar todas as fronteiras", disse a autora lousanense, numa conferência de imprensa em que anunciou uma parceria com a Universidade de Coimbra.
Segundo Ana Filomena Amaral, que em dezembro apresenta, em Goa, o seu último romance, "O Diretor", "não há limites para este festival”
“Vamos até onde nos deixarem ir, até onde nos apoiarem e até onde conseguirmos ir. Assim como falamos do Festival de Pequim, que é um dos maiores do mundo, um dia também gostaríamos de ser um dos cinco maiores festivais literários do mundo e estamos a trabalhar para isso", disse a escritora.
Realizado em junho pela primeira vez, em homenagem às vítimas dos incêndios florestais de 2017, o Festival Literário Internacional do Interior - Palavras de Fogo vai decorrer pela segunda vez entre 14 a 17 de junho de 2019, com o alto patrocínio da Presidência da República.
Presente na conferência de imprensa, o vice-reitor da Universidade de Coimbra Luís Menezes considerou "irrecusável" a proposta da Arte Via Cooperativa e do consórcio do festival, "porque ver hoje o mundo com a abrangência que ele tem só faz sentido se todos estiverem juntos e se houver trabalho conjunto".
"Coimbra prepara agora a campanha da candidatura a Capital Europeia da Cultura em 2017. Esta dimensão transcende todos os desafios para a cidade e região, mas cria-nos a responsabilidade de lançar desde muito cedo sementes que possam ir crescendo para chegar ao ano da celebração e termos algo extremamente importante", disse.
"Só posso apadrinhar e comprometer-me a deixar esta semente protocolada para que este projeto tenha pernas para andar e crie esta consistência e sustentabilidade para que, daqui a nove anos, se tudo correr bem, tenhamos aqui um festival com dimensão nacional, pelo menos", salientou.
A Arte-Via Cooperativa e o consórcio do Festival Literário Internacional do Interior - Palavras de Fogo apresentaram, em setembro, a criação de um prémio literário nacional para a descoberta de novos escritores, com idade até 35 anos.
A iniciativa é suportada pela Direção Regional de Cultura do Centro, que atribui um prémio de 7.500 euros à obra premiada, no seguimento de uma sugestão do Presidente da República, aquando da primeira edição do festival Palavras de Fogo.
O concurso literário vai distinguir um texto original no domínio da ficção, romance ou novela, escrito em língua portuguesa, por autor de nacionalidade portuguesa, com idade não superior a 35 anos, incluindo a edição da obra.
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