De acordo com o site do Camões Instituto da Cooperação e da Língua, foram apresentadas 11 candidaturas a esta residência, criada ao abrigo de um protocolo de cooperação celebrado entre a Câmara Municipal de Lisboa e o Camões – Centro Cultural Português em Maputo.

O programa destina-se a artistas visuais e/ou fotógrafos, de nacionalidade moçambicana ou residentes em Moçambique, há mais de dez anos, que já tenham currículo na área.

Como condição, os artistas devem apresentar um projeto "coerente, consistente com o seu percurso artístico, pertinente na proposta de relação com a cidade de Lisboa, e com reconhecido interesse no âmbito da arte contemporânea".

Jorge Dias, nascido em Maputo, em 1982, estudou cerâmica na Escola Nacional de Artes Visuais, em Maputo, e Escultura na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no Brasil.

É membro fundador do Movimento de Arte Contemporânea de Moçambique - MUVART e, atualmente, diretor e docente na Escola Nacional de Artes Visuais, em Maputo.

O júri do concurso foi constituído por Jürgen Bock, curador independente convidado, Manuel Veiga, em representação da Câmara Municipal de Lisboa, e Alexandra Pinho, do Camões – Centro Cultural Português em Maputo.

De acordo com o júri, o artista vencedor apresentou uma proposta de trabalho que "constitui um efetivo projeto de pesquisa e questionamento, demonstrando um elevado grau de maturação e coerência com o percurso artístico do candidato".

Jorge Dias expõe regularmente desde inícios da década de 1990, e trabalhou como curador no Museu Nacional de Arte em Maputo (2007-2010).