"Cristina Ferreira colaborou em tudo", frisou juíza Maria Teresa Mascarenhas, responsável pelo julgamento da acção da SIC contra a apresentadora, citada pelo Jornal de Notícias.
No final da audiência no tribunal de Sintra, a diretora de entretenimento e ficção da TVI não prestou declarações. Ao jornalistas, a magistrada adiantou que o caso segue em tribunal por "não ter havido acordo entre as partes".
Citada pelo site Holofote, Maria Teresa Mascarenhas adiantou que "aquilo que foi dito por Cristina Ferreira foi que no início, quando pôs fim ao contrato com a SIC, achava que não tinha nada a pagar porque não tinha noção que o contrato lhe exigisse que o fizesse ate ao fim". "Que em determinada altura, teve noção que poderia estar em risco de ter de pagar alguma coisa à SIC. Acha é que este valor a pagar à SIC tem como pressuposto aquilo que era o seu vencimento fixo e não as partes variáveis da remuneração", contou.
"Se o programa era líder de audiências, microespaços, campanhas publicitárias, chamadas de valor acrescentado, tudo isso fazia parte de uma remuneração variável que ela tinha direito. E ela entende que isto não deve ser contabilizado no valor de indemnização a pagar à SIC", explicou.
Em setembro de 2020, a SIC deu entrada com um processo contra a apresentadora e diretora de ficção e entretenimento da TVI, Cristina Ferreira, no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, para o pagamento de uma indemnização de 12,3 milhões de euros pela quebra do contrato com a estação do grupo Impresa.
O montante apurado tem em conta, além do incumprimento do contrato que estava em vigor até 2022, os prejuízos calculados por perdas de receitas em IVR (concursos com chamadas de valor acrescentado), em publicidade, em patrocínios e em ações comerciais.
Está agendado para 6 de dezembro as alegações de facto e direito.
A saída de Cristina Ferreira da SIC foi conhecida em 17 de julho de 2020, altura em que foi anunciado que iria regressar à TVI dali a dois meses como diretora e tornar-se acionista da Media Capital.
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