Além de Luís de Matos, a equipa é constituída pelo médico e presidente do PSD Coimbra, Nuno Freitas, pelo deputado municipal da CDU e antigo diretor do Conservatório, Manuel Rocha, pelo vice-reitor da Universidade de Coimbra (UC) para a área do turismo, Luís Menezes, pelo presidente da distrital do PSD de Leiria, Rui Rocha, pelo antigo diretor regional da Cultura do Centro, António Pedro Pita, e pela antiga vice-reitora da UC Cristina Robalo Cordeiro.
O presidente da Câmara de Coimbra, o socialista Manuel Machado, sublinhou que a candidatura liderada por Coimbra deve ter "uma dimensão agregadora regional, uma vez que um projeto alargado e sustentado desta natureza beneficiará todo o território da região e o país, ao mesmo tempo que, do ponto de vista externo, sairá valorizado pela ampliação da sua escala e pela junção dos inúmeros atrativos dos municípios vizinhos".
"Esta não será uma candidatura pessoal ou individual, não poderá nunca ceder a caprichos, nem poderá ser nunca uma candidatura eleitoralista ou populista. É uma candidatura que terá de unir e reunir toda a cidade em consensos alargados. É uma candidatura para valorizar Coimbra, a região e o país", vincou, durante o discurso de apresentação da equipa, que decorreu no Convento São Francisco, recordando que, em junho de 2017, a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra deliberou, por unanimidade, apoiar esta candidatura.
Segundo Manuel Machado, a candidatura só pode resultar de um processo "alargado e conjunto", partilhado entre municípios, instituições locais e regionais, agentes culturais e turísticos e a sociedade civil.
O autarca referiu ainda que, além de trabalhar para a Capital Europeia da Cultura 2027, é importante pensar os anos seguintes, não querendo que a iniciativa se inscreva numa movimento de "eventos efémeros que pouco ou nada deixam".
Questionado pela agência Lusa, Manuel Machado afirmou que "é natural" que Luís de Matos possa depois ser o coordenador do evento, caso Coimbra seja a candidatura vencedora.
A seleção da equipa foi feita sob a responsabilidade do autarca, mediante a "motivação e disponibilidade das pessoas", explicou, referindo que a escolha de Rui Rocha, que diz ter sido um "excelente autarca ligado ao associativismo e ao poder local", mostra "que não há exclusivismos".
Sobre a ausência dos principais agentes culturais da cidade na apresentação da candidatura, o edil optou por não comentar.
Também Luís de Matos frisou que esta é uma candidatura "inclusiva", referindo que serão feitas consultas públicas "à procura de ideias" e será dado conta, de forma regular, dos trabalhos em curso elaborados pela equipa.
Questionado pela Lusa se já há um tema associado a candidatura, o mágico afirmou que a ideia "fundamental", neste momento, "é um convite a todos para se juntarem a nós".
Criada em 1985 pela Comissão Europeia, a "Capital Europeia da Cultura" é considerado o maior evento cultural da Europa. Entre as 58 cidades que já acolheram o evento encontramos as mais importantes do panorama europeu: Atenas, Florença, Amesterdão, Berlim, Paris, Glasgow, Dublin, Madrid, Copenhaga, Estocolmo, Bruxelas, Praga, Istambul, Liverpool, Marselha.
Lisboa foi Capital Europeia da Cultura em 1994, o Porto, em 2001 e, Guimarães, em 2012.
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