As portas do MEO Marés Vivas 2017 abriram esta sexta-feira para receber, durante três dias, música, animação, diversão e muito calor. ÀS 16h00 deu-se o tiro de partida para as correrias até às primeiras filas do palco principal.

No dia da Tomada da Bastilha, os Bastille foram os grandes protagonistas do arranque do MEO Marés Vivas.  A banda britânica de Dan Smith, Chris Wood, Kyle Simmons e Will Farquarson apresentou na Praia Cabedelo, em Vila Nova de Gaia, o novo disco, "Wild World", e a maior parte dos festivaleiros (para não dizer todos) vieram até ao festival para assistir a este espetáculo. Para Dan Smith, o vocalista, era dia de soprar as velas e por isso mesmo teve direito a bolo e parabéns - foram 31 anos.

Eles chegaram, sem medo e sem vergonhas, e começaram com "Send Them Off!". Assim que terminou a canção, o público fez a primeira investida e cantou os parabéns ao vocalista, mas não teve grande sucesso. A banda ignorou os fãs e passou logo para "Laura Palmer". Depois é que se desfez em sorrisos e agradeceu o carinho de todos aqueles que ali estavam.

Fizeram ainda parte do alinhamento "Things We Lost in The Fire", "Good Grief" ou "Bad Blood". Após este desfilar de êxitos, surge no ecrã gigante ao fundo do palco uma fotografia de um "menino fofinho" a soprar cinco velas. A banda, em conjunto com o público, cantou os parabéns de forma oficial e em inglês.

Também houve tempo para ouvir "Of The Night", uma versão de "Rythm of The Night", original de Corona,  aquele hit que em plenos anos 1990 levava qualquer um a dançar.

Os Bastille sabem o que fazem: ora conseguem por todos eufóricos e alegres como também nos deixam com a lágrima no canto do olho, como em "Two Evils". Com "Pompeii", os festivaleiros meteram o cansaço de lado e pularam e dançaram. Num outro momento, Dan passeou entre os fãs suspenso - um verdadeiro"Walking on Air".

Antes da banda britânica, Tom Chaplin também agitou as marés do festival. O vocalista dos Keane passeou pelas canções do seu álbum a solo, "The Wave", mas também recordou os temas da banda britânica.

A verdade é que Chaplin só tem apenas um disco lançado e precisava fazer render o seu peixe. Se o público se importou? Pela forma como os espectadores cantaram "Bend and Break", "Everybody is Changing" ou "Somewhere Only We Know"... não.

Chaplin gingou envolto na bandeira portuguesa, mas foi na reta final que deu tudo por tudo, atirando-nos com temas como "Quicksand", "Somewhere Only We Know" e "Sovereign Light Café". O público apreciou esta viagem ao passado e uniu as vozes, formando um coro irrepreensível ao lado de Chaplin.

Mas o primeiro dia do MEO Marés Vivas começou bem mais cedo, às 17h00, com Os Quatro e Meia. A banda de Coimbra apresentou no Palco Santa Casa o primeiro disco, "Pontos nos Is”, totalmente composto por temas inéditos.

Já o palco MEO do festival foi inaugurado por Diogo Piçarra. O artista algarvio colocou todos a cantar e a dançar - como já é habitual com as suas canções, destacando-se "Tu e Eu", "Já Não Falamos" - na qual desceu um pouco à primeira fila - e "Wall of Love".

 Jimmy P também subiu ao palco para o tema "Entre as Estrelas". Diogo Piçarra despediu-se do público com "Dialeto" e deixou um monte de fãs em pleno êxtase depois de um concerto embelezado por um pôr do sol à beira rio.

O primeiro dia do MEO Marés Vivas 2017 começou em português e acabou em português com Agir. Era perto da uma da madrugada quando Bernardo subiu ao palco principal para dar aos fãs - que não arredaram o pé dali - os seus maiores hits como "Tempo é Dinheiro", "Como Ela é Bela" e "Parte-me o Pescoço" - guardadinhos para o encore.

Agir tinha ali uma plateia que juntava diferentes géneros mas a verdade é que as meninas se destacaram sempre, principalmente no que toca aos coros.

Mas o MEO Marés Vivas 2017 não se fez só de músico. Ali pela zona da entrada, no Palco RTP Comédia, passaram humoristas como Fábio Pascoal, Joel Santos, Ricardo Couto e Eduardo Madeira, que garantiu a maior enchente da noite.

Este sábado, a festa continua na Praia do Cabedelo. Os Scorpions são os cabeças de cartaz do segundo dia do MEO Marés Vivas. A banda alemã, a celebrar 50 anos de existência, autora de êxitos como “Still loving you” e “Wind of Change”, vai apresentar no palco da MEO as canções de “Return to forever”, o seu 18º álbum de estúdio, e recordar os principais sucesso da carreira.